POR DETRÁS de grandes empresas estão sempre grandes equipas. O Recheio não é exceção. Nuno Begonha, o atual Director-Geral da companhia, destaca que “os negócios fazem-se com pessoas e as nossas são fantásticas”. Ao longo de cinco décadas, o cash & carry do Grupo Jerónimo Martins soube trilhar um caminho de crescimento e de sucesso graças aos seus colaboradores, hoje cerca de 2000, distribuídos por 39 lojas e quatro plataformas em todo o país. Fomos ao encontro dessas pessoas, que são pilares da história deste distribuidor grossista e exemplo de entrega e paixão ao negócio. Traçam-nos aqui um retrato de 50 anos recheados de êxitos, que ajudam a construir, com confiança, o futuro.
UMA VIDA DEDICADA À COMPANHIA
Estrela Bento é um desses exemplos de dedicação à companhia, para a qual entrou há 49 anos, “era ainda uma menina, com apenas 17 anos, para encher sacos de pimenta, colorau, amendoim e outros produtos que chegavam à loja a granel”.

Estrela Bento
RESPONSÁVEL DE GARRAFEIRA, RECHEIO DE RAMALDE
“Há clientes que trato como se fossem amigos. Gosto de os ajudar a escolher e a carregar os produtos.”
Ramalde, no Porto, é a sua loja, onde a garrafeira e os clientes são motivo de orgulho. “Gosto de arrumar as garrafas e de atender os clientes”, assevera. Quando o Grupo adquiriu o Recheio, em 1988, houve muitas alterações. “Foi sempre a crescer, a recompensar as pessoas pelo seu trabalho e a apoiá-las. A mim ajudaram-me muito”, recorda.

Carlos Ricardo
COMERCIAL, RECHEIO DE LEIRIA
“A companhia está sempre a puxar por nós. Só não sobe quem não quer. O ambiente entre colegas é excelente.”
Carlos Ricardo faz parte da equipa comercial de Leiria. Integra a companhia há 43 anos, ainda a faturação era feita à mão. Depois vieram os computadores e tudo mudou. A passagem das Operações para as Vendas foi o seu maior desafio, que venceu com a ajuda de colegas e superiores. “Todos me deram força. Não há dúvida de que, se há empresa que dá oportunidades de crescimento aos seus profissionais, esta é uma delas.” O Recheio é o emprego da sua vida, mas também uma família, a que se juntam relações de amizade com muitos clientes, alguns dos quais acompanha há já 20 anos. À companhia augura um grande futuro, porque sempre soube seguir as tendências de mercado e adaptar-se às circunstâncias para evoluir.

Joaquim Perpétuo
RESPONSÁVEL DE FRENTE DE LOJA, RECHEIO DA FIGUEIRA DA FOZ
“As marcas MasterChef e Amanhecer trouxeram mais clientes por causa dos preços e da qualidade.”
O Recheio foi fundado em 1972, mas só no ano seguinte viria a inaugurar a sua primeira loja: Figueira da Foz. Foi aqui que, com apenas 15 anos, Joaquim Perpétuo encontrou o seu primeiro emprego, como Ajudante de Motorista. Como havia poucos fornecedores, “nós é que íamos buscar a mercadoria com um camião, que depois distribuíamos por mercearias”, lembra. Entretanto, começam a surgir novas lojas, como foi o caso de Viseu, Aveiro, Castelo Branco e Vila Real, uma expansão a que o Grupo deu depois continuidade. Ajudou a abrir várias delas, mas regressou sempre à casa-mãe, onde atualmente é Responsável de Frente de Loja. “Uma pessoa para estar aqui há mais de quatro décadas é porque gosta do que faz. Também gosto de ensinar as pessoas e de conviver com os clientes. Além disso, há um bom espírito de equipa”, salienta.
O OLHAR DOS GERENTES
Foi também à Figueira da Foz que Carlos Saraiva chegou em 1978. Hoje é Gerente da loja de Coimbra e recorda a introdução da área dos frescos como um primeiro marco de crescimento do Recheio, a que se seguiu o aparecimento das marcas próprias Amanhecer, MasterChef e Gourmês. “Com estas marcas, conseguimos reforçar o nosso posicionamento e as vendas”, diz o responsável, para quem, nestes 50 anos, o Recheio se afirmou no mercado e tem crescido graças à visão que os gestores do Grupo têm do negócio. “Sem uma visão clara do negócio não teríamos chegado aqui”, acredita.

Carlos Saraiva
GERENTE NO RECHEIO DE COIMBRA
“O Grupo Jerónimo Martins é um grande grupo e deu um impulso à dimensão que o Recheio tem hoje.”
António Sousa, Gerente da loja do Porto, ainda é do tempo do Arminho, onde começou a trabalhar em 1981, em Braga. Quando a insígnia passou para as mãos do Recheio, em 1990, “a diferença foi enorme e sempre a subir. Passámos a ter mais clientes. Mais recentemente, a restauração também teve um papel decisivo”. A chegada do Grupo Jerónimo Martins ao Recheio foi um trampolim para atingir a liderança de hoje. João Fadigas, Gerente em Aveiro, não duvida de que o nível da organização, o rigoroso controlo de custos e uma grande exigência na limpeza das lojas fizeram toda a diferença. “As lojas mudaram completamente a imagem e o nível de serviço ao cliente”, considera. Mas nem tudo tem sido um mar de rosas. O responsável, que começou na Figueira da Foz corria o ano de 1983, refere que houve momentos mais difíceis, em que todos os dias tinham de “inventar coisas novas ao nível de operação”, dando o exemplo recente da pandemia. No entanto, a perseverança faz os vencedores, qualidade que não falta ao Recheio para enfrentar os próximos 50 anos.

António Sousa
GERENTE NO RECHEIO DO PORTO
“A marca Amanhecer é uma mais-valia que temos face à concorrência. Ajudou-nos muito a crescer.”
Definir os próximos 50 anos
O Recheio tinha uma estratégia bem delineada até 2019, com crescimento sustentado, mas a pandemia veio trazer algo de novo e desafios importantes. De acordo com o Diretor-Geral, Nuno Begonha, “o HoReCa, ao fechar, veio fazer com que a companhia tivesse de repensar o futuro. Temos de redesenhar um novo Recheio: como vamos trabalhar, evoluir, que canais desenvolver?
Há todo um novo caminho a traçar, e é isso que vamos fazer nos próximos meses, para termos uma estratégia montada para os anos vindouros”.

João Fadigas
GERENTE NO RECHEIO DE AVEIRO
“A entrada no mercado da indústria hoteleira foi um salto muito grande, tivemos de nos adaptar.”

Parceria com mais de quatro décadas
Domingos Pereira e Teresinha de Jesus Carneiro são os proprietários do restaurante Espaço 12, em Braga. O negócio começou há 44 anos, no local onde ainda hoje funciona, como snack-bar. “Começámos com o Arminho, passámos para o Recheio e nunca mudámos”, diz Domingos Pereira, exemplificando que a companhia “sabe crescer de acordo com as necessidades dos clientes”. Já na cozinha, Teresinha Carneiro sublinha que “faço questão de só trabalhar com as marcas Amanhecer e MasterChef”.
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