Os hidratos de carbono
Sim, deve deixar de comer se estes forem açúcares simples que se traduzem em bolos, cereais refinados, bolachas, gomas, chocolates, entre outros similares. Abra as portas ao arroz e massas integrais, aveia em flocos e leguminosas. Os hidratos de carbono são a principal fonte de energia do organismo e, sendo estes de boa qualidade, fornecem-nos diversos nutrientes, nomeadamente fibra. A ausência total de hidratos de carbono desencadeia um processo de aumento substancial da fome e da vontade de comer doces, podendo, ainda, haver perda de massa muscular e maior facilidade para a acumulação de gordura.
O glutén
O glúten é um conjunto de proteínas de origem vegetal presente no endosperma do trigo, centeio e cevada. Deve deixar de comer glúten se for doente celíaco, ou tiver alguma intolerância ao glúten, chamada sensibilidade ao glúten não-celíaca, que se traduz nos mesmos sintomas da doença celíaca, mas sem danificar o epitélio intestinal. Esses sintomas podem ser gases, desconforto abdominal, diarreia, dores de cabeça, letargia. Há ainda um outro grupo de pessoas com doenças auto-imunes, como é o caso da diabetes tipo I e da artrite reumatóide, que podem ter algum benefício ao retirarem o glúten da dieta. A maioria não usufrui de qualquer tipo de vantagem em retirar o glúten da alimentação, sobretudo na perda de peso. Devem, no entanto, escolher os alimentos mais saudáveis, independentemente de terem ou não glúten. Por exemplo, pão escuro feito apenas de farinha, água, fermento e sal em detrimento de bolachas e bolos.
O leite
O leite é um alimento barato, com propriedades nutricionais interessantes, tais como o fornecimento de cálcio e em que este tem grande biodisponibilidade, ou seja, é facilmente absorvido no organismo. Existem outros alimentos, nomeadamente couve- -galega, feijão, sardinhas em lata e amêndoas que também o têm, mas com uma biodisponibilidade menor. No entanto, contém um açúcar chamado lactose, o qual um grupo alargado de pessoas não consegue digerir: as chamadas intolerantes à lactose. Estima-se que 40% da população portuguesa o seja. Neste caso, deve retirar-se o leite da dieta ou beber leite sem lactose ou, ainda, bebidas vegetais, desde que se certifiquem de que não têm açúcares adicionados e de que são fortalecidas com cálcio, vitamina B12 e D. No caso de alergias às proteínas do leite, o que é mais raro, este alimento deve mesmo ser retirado da alimentação.
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