Sempre pensou que os números, os cálculos e as contas eram a sua vocação e o seu destino. Chegou ao Recheio acabada de sair da Universidade de Évora licenciada em Gestão e certa de que a sua personalidade reservada seria perfeita para um trabalho na Área Financeira. E assim foi, mas por pouco tempo. Meses depois, a sua timidez foi posta à prova na Área Comercial. Seguiram-se as Operações, por onde passou pelo Pingo Doce e pelo Feira Nova, regressando à Área Comercial pela porta do BemEstar. De volta ao Recheio estava apta a gerir equipas e a liderar as negociações mais difíceis. Hoje, a menina tímida de Setúbal que gostava de brincar às mercearias e fazer contas em papelinhos soma vendas de milhões e multiplica-se em negociações. “Agora, até acho que falo de mais”, ri-se. Continua a fazer cálculos, planeamentos e a aplicar todo o rigor no trabalho. Com os filhos, Lourenço, de 12 anos, e Maria Inês, de 10, alivia a pressão. Não abdica dos valores essenciais, mas ensina-os a encarar a vida sem dramatizar. “Gosto de me focar nos aspectos positivos de uma situação. Nunca faço grandes planos e gosto de deixar a vida fluir.” Assim, bem ao jeito do balanço das ondas, de que tanto gosta, na sua cidade de Setúbal. Adora viajar, conhecer mundos dentro do mundo. Mas é na cidade onde nasceu e que escolheu para viver, rodeada dos amigos de sempre e da família, onde todos os cálculos parecem bater certo.
PINGUE-PONGUE
1. EUROPA OU ÁSIA?
Ásia. Ainda só conheço dois países, mas pretendo descobrir o máximo que puder.
2. BARCO OU AVIÃO?
Barco. Não tanto para viajar, mas sobretudo para passear. O meu pai era marítimo e até aos meus 10 anos, altura em que o perdi, entrar num barco era a minha rotina. Ainda hoje adoro, sobretudo com o mar um bocadinho “picado”.
3. CHOCO FRITO OU MIGAS ALENTEJANAS?
Nenhum dos dois. Peixe assado. Podia comer peixe todos os dias.
4. FOLHAS DE CÁLCULO OU CONTACTO PESSOAL?
Contacto pessoal. As minhas formas de comunicar de eleição são o telefone e as reuniões, todas as que forem precisas. Deixei de ser aquela estudante que pensava que iria gostar de ficar toda a vida atrás de um computador.
PERGUNTA-RESPOSTA
O QUE QUERIA SER QUANDO TINHA 10 ANOS?
É muito curioso, porque nessa idade aquilo que mais gostava de fazer era brincar às mercearias. E era sempre eu que ficava na caixa, rodeada de papelinhos onde apontava tudo.
O QUE NÃO DEIXARIA DE LEVAR PARA UMA ILHA DESERTA?
Se estivermos a falar de um objecto, um livro. Adoro ler e é nas férias que habitualmente tenho tempo para o fazer.
PESSOA IDEAL PARA LEVAR A JANTAR?
O Luís, o meu marido. É a companhia ideal. Mas também para jantar em casa, pois ele tem imenso jeito para cozinhar e faz uns pratos óptimos!
UM DIA AINDA HEI-DE…
Recuperar um moinho na serra da Arrábida, com vista para o mar, e fazer dele uma segunda casa.
Edição 114
Edição 113
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