Percorre a vida apenas com um plano: “Nunca deixar de gostar daquilo que faço.” O pragmatismo, o espírito de aventura e a coragem de arriscar têm feito deste plano uma realidade de todos os dias. Após 10 anos no Recheio e outros 10 no Pingo Doce, regressou ao Recheio há dois anos, onde exerce as funções de Directora Nacional de Operações. Algarvia de nascença, estudou em Lisboa, trabalhou em Braga, Lisboa, Albufeira, Madeira e agora reside em Lisboa.

“Sempre me senti em casa nos sítios por onde passei. Gosto de conhecer as culturas, as tradições, a gastronomia e os hábitos.” Ao ponto de trazer consigo um bocadinho de cada lugar. “Em casa dizem que fiquei com uma mistura de sotaques do Norte, do Algarve e da Madeira”, conta, bem-humorada. Não bastasse a “dinâmica profissional”, Ângela Soares revela-se também uma turista de cortar a respiração. Apaixonada por mergulho, já desceu às profundezas dos mares para visitar navios naufragados. O ioga é outro dos seus hobbies. “Faz-me sentir fisicamente melhor e emocionalmente mais forte. Mas sem o aspecto da meditação. Já fiz mais do que uma tentativa, mas é muito difícil para mim não pensar em nada. Sou muito pragmática.”

 

PINGUE-PONGUE

PINGO DOCE OU RECHEIO?

Quem nasce Recheio é Recheio toda a vida, sem desprimor para o Pingo Doce, porque adorei lá trabalhar. Mas no Recheio devem colocar-nos um chip quando entramos a primeira vez que não conseguimos tirar mais.

RECHEIO OU COBERTURA?

Não sou muito gulosa. Se for um recheio de uma empada de galinha, vou preferir recheio. Por norma, não gosto da cobertura. Gosto mais da essência do que da aparência.

LOJA OU GABINETE?

Loja, sem dúvida. Cada dia que vamos a uma Loja aprendemos muito e percebemos muito mais o negócio do que sentados num gabinete onde um computador nos dá números, mas pouco nos diz da realidade.

MAR OU CIDADE?

Mar, sempre mar. Faço mergulho, agora com menos frequência, embora esteja a tentar regressar ao ritmo. Aliás, nunca estranhei ter estado na Madeira, tinha mar à volta, para mim era perfeito.

 

PERGUNTA-RESPOSTA

1. O que sonhava ser quando tinha 10 anos?

Tinha sempre um bocadinho de fixação em relação às hospedeiras, porque gosto muito de viajar, mas, ao mesmo tempo, achava que devia ser um bocado maçador por ser sempre a mesma coisa, e não gosto de estar sempre a fazer o mesmo. De resto, gosto tanto de tanta coisa que nunca tive a predilecção de ser nada em especial.

2. O que não deixaria de levar para uma ilha deserta?

Nunca tinha pensado nessa questão da sobrevivência, mas talvez levasse um objecto cortante, que me iria permitir dar resposta a questões relacionadas com alimentos, abrigo, etc.

3. A pessoa ideal para levar a jantar?

O meu marido.

4. Um dia ainda hei-de…

… mergulhar em Truk Lagoon, na Micronésia, onde está afundada a frota de navios japonesa da II Guerra Mundial.