Por que é fundamental lermos mais?
A questão da leitura está para nós e para o planeta como as questões ambientais. É fundamental sabermos ler, para termos sustentabilidade como pessoas. É preciso ler com propriedade, para termos um pensamento que não seja só concreto: isto é um livro – isto é um “coiso”. As pessoas não compreendem como a ausência de vocabulário é limitativa da liberdade. Numa criança que conhece 50 palavras e noutra que conhece 500 está a diferença, como se fosse ADN.
Como se enquadra a parceria com o Pingo Doce na estratégia do PNL - Plano Nacional de Leitura?
A sociedade precisa, nos diferentes sectores, de gente instruída e com literacias, para ter as competências necessárias num mundo tão complexo, tão
estimulado, tão hiperactivo, tão conectado, tão... tudo! Encontrámos no Grupo Jerónimo Martins uma empresa que tem essa mensagem social, e no Pingo
Doce um esforço na promoção da literatura infantil, com os seus livros e prémio literário, e juntámos esforços no sentido de contribuir para melhorar o ler e o
escrever da população.
Pesou o facto de ser um livro de literatura infantil?
A proposta que nos juntou, no fundo, não era a literatura infantil, era a literacia familiar. Para melhorar as literacias, as escolas e as políticas públicas precisam
de contar com as famílias. O Pingo Doce, com esta campanha, e nós, associando-nos a ele, contribuímos para que as famílias tenham um livro no meio dos
produtos de primeira necessidade. O Pingo Doce (através dos seus Clientes) também dará um contributo ao PNL que nos permitirá reforçar campanhas no âmbito da literacia familiar, em concreto os projectos Vai e Vem e o Já Sei Ler.
Como se consegue pôr jovens a ler num mundo digital?
Isto não é “esperoterapia”, é preciso começar logo no princípio a pôr os jovens a ler. É preciso dar livros, mesmo quando ainda não sabem ler! Tem de ser uma prática em família. É importante que, tal como outros jogos que fazem com os filhos, também os pais “joguem” ao livro, que aqui se chama ler e escrever.
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