Bisneto, neto, filho e sobrinho de padeiros, a carreira de Avelino Napoleão parecia estar traçada ainda na barriga da mãe. “Só não nasci na padaria onde a minha família trabalhava porque a minha mãe, sentindo que eu ia nascer, foi para outro local”, diz Avelino Napoleão, sorrindo e mantendo o bom humor que lhe é característico. Padeiro desde os 13 anos, começou a trabalhar na criação de receitas e na formação em 1972. Quando entrou para o Pingo Doce, em 1987, percorreu o país como Supervisor de Padaria. “Tinha liberdade para experimentar e criar receitas, ao mesmo tempo que fui abrindo espaços nas Lojas que já existiam e nas que foram sendo inauguradas, de norte a sul”, recorda com saudade.
Foi o “Sr. Napoleão”, como ainda é tratado nas Lojas, que criou o primeiro pão com chouriço vendido no Pingo Doce. Ao longo dos anos foi fazendo e dando formação e contratando Supervisores e Padeiros. Uma das suas melhores memórias é ter sido entrevistado para o primeiro número d’A Nossa Gente. “No início da minha vida na Companhia, a revista lembrou-se de mim e agora, já reformado, volto para a revista. Sinto uma alegria enorme”, afirma, emocionado.
“Os melhores anos da minha vida foram passados no Pingo Doce”
MOTAS E ARTESANATO
Fã de motas, em 1978 fundou o clube Apaixonados das Duas Rodas, que hoje tem 52 associados, e continua a organizar eventos. Avelino Napoleão tem três motas e ainda as usa para pequenos passeios. Outra paixão é o artesanato de madeira. Em casa, na Maia, tem um espaço dedicado aos relógios, brinquedos, candeeiros e um sem-fim de utensílios, que faz com vários tipos de madeira. “Os melhores anos da minha vida foram no Pingo Doce, e por isso é que todos os dias vou a uma Loja matar saudades”, frisa o Supervisor, concluindo: “A Padaria é uma das secções onde não nos limitamos a vender produtos. Vendemos o que produzimos e temos de produzir o melhor para os nossos clientes.”
Edição 114
Edição 113
Edição 112



