De um momento para o outro tudo mudou no Recheio de Santa Maria da Feira e nas Lojas Pingo Doce de Ovar – Aquilino Ribeiro e Ovar – Lavouras. A Covid-19, a quarentena e a cerca sanitária que impedia a entrada e a saída de pessoas e automóveis em Ovar fizeram com que muitos Colaboradores do Grupo Jerónimo Martins acabassem por ficar retidos na cidade, impossibilitando as deslocações para as Lojas onde estavam colocados, e que outros ficassem impedidos de se deslocar para Ovar. No Pingo Doce, foram cerca de 90 os Colaboradores impedidos de se deslocar. O Híper de Santa Maria da Feira, por exemplo, foi obrigado a uma intensa operação de reorganização das equipas, para fazer face à ausência de 40 Colaboradores moradores no concelho de Ovar. E o mesmo aconteceu com Clientes e fornecedores, obrigando a que todos tivessem de se reajustar. “Saímos todos da nossa zona de conforto e os Colaboradores tiveram de ser polivalentes”, explica Eduardo Gomes, Gerente do Recheio. Os Colaboradores foram divididos em duas equipas: uma estava ao serviço e a outra estava de quarentena. Com a cerca sanitária de Ovar, Colaboradores do Recheio deixaram de poder sair da cidade. Entretanto, ao Recheio chegaram Colaboradores de outras Lojas, que se voluntariaram para, temporariamente, ficar em Santa Maria da Feira. Maria de Lurdes Ribeiro, Operadora de Garrafeira no Recheio de Santa Maria da Feira, foi uma das que ficou confinada em Ovar a 17 de Março. “Não podia sair, mas nunca me faltou o apoio dos Colegas nem da Empresa e a prova é que recebi sempre o meu salário”, destaca. Também Cátia Ferreira, Chefe de Perecíveis nesta Loja, esteve cerca de um mês sem ir ao Recheio. “Já estava em casa por iniciativa da Companhia, na equipa de resguardo, quando foi determinada a ‘cerca’. Senti um misto de emoções. Por um lado, queria, de facto, resguardar-me, por outro, também queria trabalhar, não queria abandonar os Colegas”, recorda.

Pingo Doce de Ovar – Lavouras
PAULA PEREIRA
Chefe de Charcutaria no Pingo Doce de Ovar – Lavouras
“Quando regressei ao trabalho, ia com medo mas também com muita coragem.”
ANA MAGINA
Operadora de Talho no Pingo Doce de Ovar – Lavouras
“Como não podia sair de Ovar e deslocar-me para Santa Maria da Feira, fiquei a trabalhar no concelho.”
Por causa da Covid-19, apenas duas localidades portuguesas tiveram uma cerca sanitária que impedia a entrada e a saída de pessoas: Ovar e Câmara de Lobos, na Madeira. O Pingo Doce de Câmara de Lobos ficou isolado durante duas semanas, mas nunca faltaram produtos, Clientes ou Colaboradores. “De um momento para o outro, tivemos mais de 100 Colegas confinados numa localidade”, disse Joanna Mendel, Directora-Geral da Madeira. Uma hora depois do anúncio da cerca sanitária, já estava delineado um plano de trabalho. “Alguns Colegas reforçaram a Loja de Câmara de Lobos num enorme desafio à polivalência e à gestão”, frisou ainda a responsável. Por entre a ansiedade de Clientes e Colaboradores, foram muitos os elogios “pela frescura dos produtos e pela limpeza da Loja”, sempre cumprindo todas as regras de higiene e segurança. “Tínhamos uma equipa de resguardo que foi fundamental para poder colmatar as pessoas que ficaram retidas em Câmara de Lobos”, explicou João Velosa, Coordenador Regional de Recursos Humanos na Madeira.
MARIA DE LURDES SILVA
Operadora de Talho no Pingo Doce de Ovar – Aquilino Ribeiro
“Tive medo, mas senti que a Companhia se preocupava connosco e, sobretudo, que não podíamos deixar ficar mal os nossos Clientes.”
MARIA DE LURDES OLIVEIRA
Cliente do Pingo Doce de Ovar – Lavouras
“Sempre me senti segura a fazer compras no Pingo Doce. Vim às compras de luvas e de máscara, sem medo. Nunca faltaram produtos e sempre com muita qualidade.”
ANA LOPES
Operadora de Frente de Loja no Pingo Doce de Ovar – Aquilino Ribeiro
“Tive um bocadinho de medo da doença e do futuro, mas senti-me sempre segura a trabalhar.”
SEGURANÇA ACIMA DE TUDO
“Começámos o confinamento nas Lojas e a fazer mudanças antes da ‘cerca’ a Ovar. Por isso, e contando com a enorme polivalência e colaboração de todos, conseguimos ganhar a confiança de Colaboradores e Clientes, que sentiram que a Companhia estava empenhada em proteger toda a gente”, afirma Francisco Ferreira, Director de Operações Adjunto Norte do Pingo Doce. Madalena Gradim, District Manager, destaca também a disponibilidade dos Colaboradores para mudarem de local de trabalho, respondendo às necessidades do Grupo. Também ela recordará os meses de Março e Abril de 2020 como os “mais estranhos” da sua vida. Maria de Lurdes Silva, Operadora de Talho, foi de Esmoriz trabalhar para o Pingo Doce de Ovar – Aquilino Ribeiro. “Tive medo, mas senti sempre que a Companhia se preocupava connosco”, diz. Também Ana Lopes, Operadora de Frente de Loja, esteve 14 dias em quarentena em Ovar, e quando regressou estava receosa, mas sentiu-se segura. Em Lavouras, Paula Pereira, Chefe de Charcutaria, esteve fechada em casa depois de duas colegas terem acusado positivo no teste. “Estavam assintomáticas e o meu teste deu negativo, mas, enquanto não havia resultados, fiquei em casa”, recorda.
Já Ana Magina, Operadora de Talho no Híper de Santa Maria da Feira, esteve 15 dias a trabalhar no Pingo Doce de Ovar – Lavouras durante a cerca sanitária. “Como não podia sair de Ovar, fiquei a trabalhar no concelho.”
MADALENA GRADIM
District Manager Pingo Doce
“Os Colaboradores tiveram sempre muita vontade de ajudar e de continuar a trabalhar e uma enorme polivalência entre as equipas. Sobre as deslocações, a PSP já me conhecia e já me deixava entrar em Ovar, porque todos os dias ia ao Pingo Doce.”
FRANCISCO FERREIRA
Director-adjunto de Operações Norte Pingo Doce
“Fomos muito eficientes e muito rápidos nas mudanças estratégicas que fizemos. Todos os Colaboradores se sentiram integrados e protegidos e todos os Clientes se sentiram seguros e com acesso a todos os produtos.”
Durante a cerca sanitária a Ovar apenas um comerciante teve autorização especial, emitida pela Câmara Municipal de Ovar, para fazer compras fora do concelho. Francisco Pinto, responsável pelo Novo Mercado Celona – Amanhecer, em Cortegaça, ia pelo menos uma vez por dia ao Recheio de Santa Maria da Feira buscar bens para abastecer a sua Loja. “Vinha com a minha carrinha carregada e durante o dia o Recheio ainda ia levar produtos ao meu estabelecimento”, refere Francisco Pinto, que não se cansa de referir a “estima” que tem por aqueles que “no Recheio” o ajudaram a “manter o negócio”. Com a cerca sanitária e a quarentena e com as pessoas fechadas em casa, a facturação da Loja disparou. “Aumentaram os Clientes que vinham às compras, mas aumentou sobretudo o número de encomendas que recebíamos por e-mail e por telefone e que entregávamos directamente na casa das pessoas, deixando as compras à porta”, explica.
EDUARDO GOMES
Gerente no Recheio de Santa Maria da Feira
“Os Colaboradores, mais uma vez, demonstraram a sua capacidade de adaptação.”
MARIA DE LURDES RIBEIRO
Operadora de Garrafeira no Recheio de Santa Maria da Feira
“Nunca me faltou o apoio efectivo da Empresa nem dos Colegas e a prova é que recebi sempre o meu salário.”
CÁTIA FERREIRA
Chefe de Perecíveis no Recheio de Santa Maria da Feira
“Senti um misto de emoções. Por um lado, queria resguardar-me, mas também queria trabalhar, não queria abandonar os Colegas.”
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