Mafalda Ribeiro tem uma doença rara e uma incapacidade motora de 95%, mas o diagnóstico
nunca travou o seu percurso. Entre outras experiências, foi jornalista durante oito anos, carreira que abandonou para se tornar consultora, quando criou o projeto Sorrir sobre Rodas, para promover a inclusão.
No topo da sua ‘cadeira elétrica’, como lhe chama, a também “mentora” da formação Liderança para a
Diferença partilhou o seu testemunho e deixou estratégias para que as equipas Jerónimo Martins encarem “este tema de forma descomplicada”. Propósito, inovação, comunicação, colaboração, equidade, empatia e resiliência são, garante Mafalda Ribeiro, o segredo para uma inclusão fácil. “O que a equipa Incluir faz quando recruta alguém é muito mais do que dar trabalho a uma pessoa.
Alguém que entra no programa sente que está a encontrar uma direção ou o seu propósito de vida”, destacou a consultora numa das ações formativas que decorreu no final de novembro.
PROGRAMA DE SUCESSO
Para Inês Ferreira, Gestora de Caso do Centro Incluir de Telheiras, os números do Programa Incluir revelam o sucesso da aposta do Grupo nesta área.
Dedicado a pessoas com deficiência e incapacidade, migrantes e refugiados e pessoas em situação
social de risco, o Programa chega a todo o país. Conta com mais de 80 instituições parceiras desde a sua criação, em 2015, e já integrou mais de mil pessoas nos três eixos. A este sucesso não são alheios, rematou Inês Ferreira, a equipa técnica, os parceiros, mas também os tutores: “Quando estas pessoas chegam aos locais de trabalho, é importante que haja estratégias (de acolhimento, adaptação, acompanhamento e avaliação) para que cumpram as suas funções. Os tutores que acompanham estes colaboradores no seu percurso, por norma Chefes de Secção ou elementos da Gerência, facilitam, motivam e inspiram.”
De acordo com Inês Ferreira, o sucesso do Programa Incluir está nos tutores, na equipa técnica e nos parceiros
O exemplo de Catarina
Catarina Portela tem alterações funcionais no braço e perna esquerda. A sua paixão é a cozinha, mas, devido a estas condicionantes, a aposta numa carreira na cozinha seria desafiante. Catarina foi então encaminhada para a Hussel. É das suas mãos que nascem os bolos de gomas vendidos em loja.
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