DANÇA
ANA FARIA
Ana Faria começou a dançar ballet em criança, mas as sapatilhas foram trocadas pela música quando frequentou o Conservatório de Música, em piano. Uma experiência do programa Erasmus em Barcelona, aos 21 anos, fê-la descobrir o encanto do flamenco. Quando voltou para Lisboa, começou a dançar numa escola, tendo posteriormente feito parte de uma companhia de flamenco e dado aulas. Ao longo da vida ficou com uma certeza: “A dança é a minha paixão e acho que não devemos deixar de fazer aquilo que nos faz de facto felizes.” Tem aulas à noite e ao sábado, que conjuga facilmente com o trabalho, mas defende que “quem corre por gosto não cansa”. Superação é outra palavra que a Responsável da Escola de Negócio da EFJM conhece bem: “Dançar sozinha em palco permitiu-me ganhar maior segurança e confiança, que depois aplico às restantes áreas da minha vida.”
TRAIL
HÉLDER SILVA
Ao ar livre ou em casa, os hobbies destes Colaboradores são sinónimo de satisfação
EM MIRANDELA A CORRER
Se esta bailarina calçava as sapatilhas ainda em menina, Hélder Silva começou a usar as suas mais tarde, já em adulto. O trail, ou corrida de montanha, é a sua paixão, mas na verdade nunca foi desportista. Contudo, na altura do nascimento do filho teve problemas de saúde que o obrigaram a agir. “Fui para o ginásio, mas não gostava de estar fechado, por isso comecei a correr na rua. Quando dei por mim estava numa meia-maratona. Às vezes saio de casa à meianoite para correr e chego às 5 da manhã”, se parece uma missão impossível acordar tão cedo para fazer exercício, o Adjunto da Loja Pingo Doce de Chaves Centro Escolar garante que depois a energia parece duplicar. Da corrida passou para o trail, há quatro anos, um desporto que exige equilíbrio entre corpo e mente. Como treinava muito sozinho decidiu fazê-lo também com a família e os amigos. Há quatro meses reuniu algumas pessoas para correrem em grupo e formou o Mirandela a Correr. Já são 27, todos os dias, às 6 da manhã. Outro grupo treina às 19h30, duas vezes por semana.
PINTURA
MARIANA LEITE
NATUREZA QUE INSPIRA
Se o Colaborador de Mirandela gosta da adrenalina de correr pela Natureza, também é nela que Mariana Leite se inspira, mas para uma actividade bastante mais calma. Como a maioria das crianças, também ela gostava de dar asas à imaginação e desenhar este mundo e todos aqueles com que sonhava.
Os anos passaram e o gosto ficou, de tal forma que desenha onde quer que esteja, “sozinha, acompanhada, em pé, deitada, sentada, de qualquer forma”. No trabalho, dedica-se com paixão àquilo que faz e confessa que lhe dá muito gosto trabalhar na secção de Frutas e Legumes do Pingo Doce. “Esta é aquela com que mais me identifico, principalmente em termos estéticos”, conta, adiantando que desenha nas horas de almoço. As duas horas livres servem para agarrar no caderno e na caneta e ficar entretida, pois “desenhar é um antidepressivo fantástico. Sou um pouco ansiosa e isto alivia-me muito o stress, porque consigo abstrair-me enquanto a cabeça viaja”. Com tanto gosto pelo seu hobby artístico, Mariana Leite não tem grandes dúvidas: “Acho que vou desenhar a vida toda, é uma paixão que veio para ficar.”
ENDURO
DIOGO MACHADO
Estes Colaboradores da Jerónimo Martins vestem a camisola todos os dias, mas quando tiram a farda espera-os um mundo diferente
NA LAMA COM MUITO GOSTO
Enduro. É esta a actividade de eleição do Gestor de Categoria de Fruta e Vegetais (Sourcing): “As motas são uma paixão de criança, porque na minha família sempre houve amantes de desportos motorizados.” Diogo Machado tirou carta de moto aos 16 anos e em 2000 fez algumas corridas do Campeonato Nacional de Enduro e participou no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno. Reforça que o enduro é uma modalidade com obstáculos e uma prova inclui três voltas a um percurso de cerca de 50 km: “É um desafio a nível de gestão de energia, de superação pessoal e de rapidez, mas poucos sabem que este é um desporto que envolve espírito de equipa. As pessoas acabam por ser muito unidas e só se superam determinados obstáculos com a ajuda de outros.”
Desde que os filhos nasceram tem menos tempo para treinar, mas não dispensa as duas motas, uma de enduro e outra que usa esporadicamente ou para ir para o trabalho. Treina sempre que pode, entre Coimbra e a serra da Lousã ou Penacova. “Vou com amigos ou então com o meu irmão ou o meu tio, vivo rodeado por amantes de motas. Não gosto de andar sozinho por causa do risco, mas quando tenho pouco tempo equipo-me e faço uma corrida de 10 km. Já o BTT consigo praticar sozinho, se tiver algumas horas.
Os desportos para mim têm de ser ao ar livre, não consigo estar confinado a um ginásio!” Adora o Inverno, pois andar de mota com pó é mais perigoso, e defende que o enduro é o melhor anti-stress do mundo: “Consigo esquecer todos os problemas. O contacto com a Natureza é único, aquele cheiro a terra molhada faz-nos recarregar energias. Puxa pelo corpo, pela mente, produz adrenalina e é estimulante. Depois de treinar, a sensação de bem-estar que fica é incrível”, conclui.
TÉNIS
HUGO COSTA E SILVA
A maioria destas actividades promove competências que se aplicam a nível pessoal e profissional
LONGE DAS LEIS, DENTRO DO COURT
À semelhança dos colegas anteriores, cujos hobbies são, na maior parte dos casos, paixões de criança, Hugo Silva e Costa, que trabalha na Direcção de Fiscalidade Jerónimo Martins, não é excepção. Cresceu com o ténis, um desporto que descobriu com apenas seis anos, quando foi a casa dos avós e viu uma raqueta. Trocou a Madeira por Lisboa aos 10 anos e veio a descobrir que o pai e o avô foram apaixonados pelo court. Quando casou, começou a jogar no Clube Tejo – Escola de Ténis Jaime Caleira, na Expo Norte, onde está até hoje.
Fruto deste desporto, Hugo Silva e Costa foi operado a uma hérnia discal que quase o fez parar. Não treinou durante seis meses e, determinado, actualmente está no campo três a quatro vezes por semana. Jogar é parte importante da sua vida. “Ajuda-me a limpar a cabeça dos problemas, além disso, é um desporto em que temos de aprender a resolver os problemas sozinhos e depressa. O ténis exige muita tomada de decisão, e isso é importante para depois aplicar no dia-a-dia”, revela. Antes dos 35 anos jogou federado, agora continua a ir a torneios mas como veterano. Não há semana em que não pegue na raqueta e gosta de saídas com amigos para jogar ténis, mas a vida familiar é uma prioridade. Leonor, a filha mais velha, tem 11 anos. Gosta de dança e quer ser bailarina. O mais novo, Lourenço, tem oito e sempre acompanhou o pai no court. Foi assim no dia em que A Nossa Gente os encontrou.
“Muitas vezes jogamos juntos e tenho noção de que daqui a três anos ele vai dar-me uma valente tareia! Tem muito potencial e adora jogar. Sempre disse que queria ser tenista, e assim seja. Importante é gostarmos do que fazemos.” Aliás, é isso que move não só o jovem Lourenço mas todos estes exemplos de quem descobre uma paixão e não a perde de vista. Com ela se supera e vive uma vida cheia de conquistas.
Edição 114
Edição 113
Edição 112










