Seja através da doação de géneros alimentares, ajudas financeiras a instituições que auxiliam pessoas em situação de vulnerabilidade,
apoios à inclusão de refugiados e de pessoas portadoras de deficiência, uma refeição pontual oferecida espontaneamente ou uma hora de tempo doada por semana, no Grupo Jerónimo Martins sabe bem ajudar. Por um lado, há equipas especializadas em pôr em marcha campanhas solidárias, acções de apoio a instituições locais e inúmeros projectos de mecenato que envolvem o Grupo. Por outro, temos pessoas que agem como discretos “super-heróis de dupla identidade”, que dedicam o tempo livre a ajudar quem mais precisa. Por vezes, as missões são… uma só.
TONELADAS DE AJUDA
A Política de Apoio às Comunidades Envolventes do Grupo tem como foco ajudar os grupos mais vulneráveis da sociedade: os idosos e as crianças e jovens carenciados. Em 2017, os apoios directos, em espécie e monetários, atribuídos ao nível corporativo e por todas
as Companhias, atingiram 21,7 milhões de euros, o que traduz um aumento de 21% face ao ano anterior. Neste contexto, o Grupo manteve a oferta de produtos alimentares a centenas de instituições de solidariedade social que se dedicam ao combate à pobreza extrema e que trabalham com crianças e jovens em risco. Foram doadas 10,7 mil toneladas de excedentes alimentares a instituições de
apoio social nos três países onde o Grupo tem operações – Portugal, Polónia e Colômbia.
DE PORTAS ABERTAS À COMUNIDADE
Em Portugal, o Grupo desenvolveu, entre outros, programas de integração no mercado de trabalho de migrantes refugiados e jovens portadores de deficiência e apoiou os projectos Semear (da Associação BIPP – Banco de Informação de Pais para Pais), o restaurante Mezze (da Associação Pão a Pão) e a Academia do Johnson. Além destes projectos, o Pingo Doce esteve desde a primeira hora ao lado das populações e dos bombeiros nos incêndios que assolaram o Centro de país. Da recolha de toneladas de alimentos para instituições sociais à oferta de uma ceia de Natal para uma família necessitada, o Grupo Jerónimo Martins assume de diversas formas o compromisso de fazer do mundo um lugar melhor. Para todos.
Através do Pingo Doce, o Grupo Jerónimo Martins apoia a campanha Geração Depositrão, da ERP Portugal, em parceria com o Programa Eco-Escolas (ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa), para a recolha de REEE (resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos) e pilhas usadas. Este apoio tem sido traduzido na oferta anual de 10 cartões-presente no valor de 500 euros às escolas seleccionadas. Desde o seu arranque, em 2012, o projecto já permitiu a recolha de mais de 2100 toneladas.O Projecto Capsulão é outra iniciativa de destaque em Portugal – incentivando, desde há cinco anos, Clientes e Colaboradores do Pingo Doce a entregar cápsulas de café e tampas obsoletas nas Lojas. Com a valorização destes materiais, a Companhia já entregou 7700 euros a várias IPSS, tendo encaminhado para valorização mais de 245 toneladas destes resíduos. O Grupo mantém também uma parceria com a Liga para a Protecção da Natureza através de um financiamento anual de 10 mil euros e da divulgação de iniciativas no âmbito do Projecto ECOs-Locais, que promove a sensibilização e a recolha de resíduos que tenham sido depositados na natureza. O Oceanário, referência nacional para a educação dos oceanos, é apoiado com 100 mil euros anuais que servem para conduzir várias acções pedagógicas e para alimentar as espécies marinhas e de aves que ali são dadas a conhecer ao público.
DIOGO CABEÇADAS
Especialista em Marketing, Mecenato e Responsabilidade Social
Há uma década que Diogo Cabeçadas exerce a função de especialista em Marketing, Mecenato e Responsabilidade Social do Pingo Doce sem olhar a impossíveis. “Nunca desisto de um caso que se enquadre nos valores do Grupo. Procuro sempre uma solução. Faz parte da minha filosofia de vida, que é nunca desistir.” Seja através das Lojas da Companhia, que diariamente fazem chegar bens alimentares a milhares de famílias, de uma equipa
disponível a entregar uma ceia de Natal a uma família carenciada ou suportando campanhas de comunicação para a recolha de alimentos. “A minha equipa já resolveu casos tão dramáticos que passei a encarar a vida com a certeza de que tudo na vida é possível resolver”, diz Diogo Cabeçadas, que se sente recompensado a cada projecto: “Costumo dizer que parte do meu ordenado é maioritariamente o agradecimento das pessoas e das entidades que vamos apoiando.”
ANTONIETA DO ROSÁRIO
Jeronymo Bela Vista
Antonieta do Rosário não esquece o primeiro dia de voluntariado na ala de Pediatria do IPO- Instituto Português de Oncologia, em Lisboa. As lágrimas daquele dia ninguém viu e dos restantes foi conseguindo conter antes de se tornarem públicas. “Nunca pensei que iria ter esta força”, diz hoje, mais madura e experiente. É nas crianças que continuam a lutar que encontra forças para regressar a cada desgosto. Ao sábado, após oito horas de trabalho no dia de maior movimento, Antonieta ainda encontra forças para dar e receber sorrisos e distribuir mensagens positivas. “Recebo muito mais do que dou: sinto-me útil, dou e recebo amor. Julgo que todos os seres humanos deviam desenvolver a empatia, a sensibilidade de se colocarem no lugar de outra pessoa. Hoje em dia vejo que há pessoas que só pensam nelas, e isso é muito triste.” Lutadora, acumula o trabalho na Loja com o último ano do curso superior de Gestão de Recursos Humanos. A “aprendizagem gigantesca” como voluntária fá-la “não ter nada como garantido, valorizar pequenos e grandes pormenores e agradecer todos os dias o facto de ter saúde”. Com um sorriso tímido, reconhece: “Fazer este voluntariado faz-me ser uma melhor pessoa.”
ANA CAVACO
Gerente Pingo Doce Carlos Mardel
Ana Cavaco há muito que reserva o dia de folga para fazer o que mais gosta: ajudar os outros. É voluntária na ala de pediatria do Hospital Amadora-Sintra, no Banco Alimentar contra a Fome e ainda encontra tempo para pontualmente acompanhar o marido no apoio aos sem-abrigo prestado pela Comunidade Vida e Paz. “O voluntariado é uma questão de consciência. Temos de ter consciência de que estamos a fazer o bem por alguém. Não podemos julgar as pessoas, mas sim tentar perceber por que vivem de determinada forma”, responde Ana Cavaco, que desde os 15 anos distribui sorrisos sem receber nada em troca. “O que damos receberemos um dia. A
vida tem-me demonstrado que é assim. Estas experiências enriquecem-me muito a todos os níveis.” Estar na vida de “coração aberto” desperta-nos também para os problemas que nos rodeiam, considera Ana Cavaco. “Não deixo de fazer este trabalho enquanto Gerente de Loja. Muitas vezes somos o ponto de equilíbrio das pessoas, que confiam em nós para falar, partilham, pedem-nos ajuda e vamos conseguindo orientá-las.” A Gerente faz questão que o voluntariado seja uma causa de família e que, daqui a uns anos, faça parte da vida da filha. Beatriz, de sete anos, já foi, aliás, desafiada pela mãe para pedir aos amigos que neste aniversário lhe dessem material escolar para enviar para São Tomé e Príncipe, ao invés de presentes. A reacção positiva da pequena Beatriz deixou a mãe optimista: “Temos de ter a capacidade de mostrar aos nossos filhos que a realidade não é igual para todos.”
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