Localizada no Alto Minho, entre o mar, o rio e a montanha, a cidade conhecida pelas romarias, o folclore e as mordomas (as raparigas vestidas com trajes antigos e ‘cobertas’ de ouro) atrai cada vez mais turistas portugueses e estrangeiros. Entre eles milhares de caminhantes oriundos de vários países, que percorrem a pé o caminho até Santiago de Compostela, em Espanha. Ainda longe do núcleo urbano, é possível ver, lá no alto, o Santuário de Santa Luzia. Em dias sem nevoeiro, vislumbra-se ainda o Sameiro e o Bom Jesus de Braga. Os mais afoitos sobem a pé, mas o percurso mais agradável talvez seja mesmo a viagem de funicular. O trajecto é feito em sete minutos e podem viajar 12 pessoas de cada vez. Junto à igreja estão à venda os tradicionais bonecos de Viana, representados por um casal – a Maria e o Manel – vestido a rigor com os trajes típicos.Também ao longe é possível ver (e depois atravessar a pé ou de automóvel) a icónica Ponte Eiffel, sobre o rio Lima, projectada pelo famoso arquitecto francês e inaugurada em 1878. O navio Gil Eannes, agora transformado em museu, foi um hospital flutuante pertencente ao Estado Português. Inaugurado em 1955, apoiou, durante décadas, a frota bacalhoeira portuguesa que actuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. Ainda no caminho da Marginal, junto ao rio, encontram-se obras de arquitectos como Siza Vieira (a Biblioteca Municipal) e Fernando Távora (a Praça da Liberdade).
Imperdíveis, as festas da Agonia são a maior romaria de Portugal
A RAINHA DAS FESTAS
As Festas da Agonia decorrem todos os anos em Agosto (este ano de 17 a 20) e são imperdíveis. O ouro e os trajes bordados à mão, alguns a fio de ouro, saem à rua e asseiam centenas de mulheres. O Cortejo Etnográfico, Desfile da Mordomia, o fogo-de--artifício e o ambiente de festa ficam na memória de quem por lá passa. Para os vianenses, o momento mais importante é a noite em que fazem os tapetes de flores e sal (a 19 de Agosto), para que no dia seguinte o andor de Nossa Senhora da Agonia possa percorrer as ruas da ribeira em direcção ao mar. A procissão no mar, com o andor transportado num barco de pesca, emociona residentes e turistas. Quando regressa à capela, a imagem de Nossa Senhora da Agonia percorre todas as ruas do bairro dos pescadores e a multidão é convidada a passar por cima dos tapetes floridos que decoram o chão. O Cortejo Etnográfico envolve todas as freguesias. Num percurso com 2300 metros, ao longo das ruas da cidade, e durante mais de duas horas, cada localidade mostra os seus usos e costumes. Só na década de 60 do século passado é que os carros alegóricos começaram a utilizar os tractores. Até então eram puxados por juntas de bois. Na altura da “Parada”, que depois deu origem ao actual Cortejo, os carros alegóricos eram construídos e decorados nas freguesias. No próprio dia do desfile, pela manhã, eram as pessoas da terra que os traziam a pé até à cidade.
OS NOSSOS GUIAS LOCAIS NO PINGO DOCE
DANIEL ARAÚJO
Gerente de Loja no Pingo Doce de Viana do Castelo – Meadela
“A Praia do Cabedelo é única para quem gosta de surf ou outros desportos do género, tanto para crianças como para adultos. É linda, sossegada e muito limpa.”
SÍLVIA GOMES
Secretária de Loja no Pingo Doce de Viana do Castelo – Rua de Aveiro
“Viana é a rainha das romarias, das mordomas e do ouro. A Senhora da Agonia, em Agosto, é a mais bela de todas, com os desfiles, os tapetes de flores e a procissão ao mar.”
CARLOS MONTEIRO
Gerente-Adjunto do Pingo Doce de Viana do Castelo – Portuzelo
“A gastronomia local é um património de coisas boas. Das bolas do Natário às tortas de Viana, é tudo bom. E temos o cozido feito com ingredientes locais, o peixe e o bacalhau no forno.”
Edição 114
Edição 113
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