Incluir é agora, para ninguém ficar de fora

PROMOVER A INCLUSÃO deveria ser uma característica natural de todos os que ensinam, educam e lidam com crianças e jovens com necessidades educativas especiais (NEE).

Nos tempos mais antigos, a pessoa com deficiência era, na maior parte dos casos, rejeitada na sua comunidade. Com a evolução, o acesso de um grande número de crianças ao ensino fez com que fossem detetados numerosos alunos com certas deficiências e dificuldades em acompanhar o ritmo normal das aprendizagens, manifestando um rendimento escolar diferente das outras crianças da mesma idade.

Surgiram então declarações e leis capazes de proteger e incluir as pessoas com NEE. Desde a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, da UNESCO, em 1990, à Declaração de Salamanca (1994) e à Lei n.º 3/2008, todas consagram o acesso à educação a todas as pessoas, promovendo a equidade e as oportunidades educativas, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem.

COMO SER MAIS INCLUSIVOS

Mais recentemente, muito se luta pela inclusão, mas nem sempre com assertividade. Só haverá verdadeiramente inclusão quando os técnicos/docentes, pais/encarregados de educação, comunidade e outros agentes se sensibilizarem para o “problema” da diferença.

António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, refere que a diversidade existente nas empresas fruto da inclusão é uma força, não uma fraqueza, e resume a importância cada vez maior que uma estratégia de diversidade e inclusão pode ter nas organizações.

A implementação dessa estratégia é hoje vista como um fator de crescimento e de evolução e tem um impacto positivo na produtividade e desempenho financeiro das empresas. As pessoas com algum tipo de limitação ou dificuldade são tão capazes como as outras, só necessitam de uma oportunidade.