Começou a cozinhar com a avó, através da Internet, via Skype. Estava em Paris a estudar, e a chefe da família orientava os seus primeiros passos na cozinha. Na altura, “nem um ovo sabia estrelar”. Hoje é Director Meal Solutions, um dos negócios mais promissores do Grupo Jerónimo Martins. Tornou-se mestre na arte de gerir o negócio da comida e até já convenceu a avó a tomar o gosto pelo Take Away do Pingo Doce.

É na Madeira que tem a família, o coração e a sua maior “doença”: o Marítimo. Sempre que pode, acompanha o clube. No continente, onde nasceu, tem outras paixões: a Baixa de Lisboa, onde reside, o desporto e a boa comida. “Muitas vezes saio sem destino pelos bairros, embrenho-me nas ruas, falo com as pessoas, tento conhecer-lhes as histórias. Há ali uma mística que não podemos deixar desaparecer.” É expert em descobrir restaurantes, onde faz jus à sua fama de bom garfo, conquistada nos testes Meal Solutions, onde é imbatível a provar cozinhados. Com a prática de exercício físico queima os excessos e alimenta a alma. Tem uma fraqueza, que reconhece de imediato: total falta de sentido de orientação, que já o levou a perder-se no Rio de Janeiro. Mas no caminho da vida João Freitas sabe bem quem é e por onde caminha, equilibrando o seu lado expansivo e aventureiro com outro mais rigoroso e metódico. Que ninguém lhe desarrume a secretária!

 

PINGUE-PONGUE

COMIDA DA AVÓ OU TAKE AWAY PINGO DOCE?

Comida da minha avó, mas mesmo a minha avó já come Take Away do Pingo Doce com muito prazer, como aconteceu na Páscoa e no Natal.

PARIS OU LISBOA?

Escolho Lisboa, pela grande mística e beleza, apesar de Paris ser muito charmosa. Portanto, Lisboa, mas com grande carinho por Paris.

SIM OU SOPAS?

Sim. Não gosto de estar enrolado nem que me enrolem em situações cuja saída tem de ser muito clara. Há um momento em que é preciso tomar uma decisão, é preciso avançar.

MESSI OU CRISTIANO RONALDO?

Cristiano Ronaldo. O Messi pode ser mais evoluído tecnicamente, mas o Ronaldo tem muito mais compromisso e envolvimento com aquilo que faz. E acredito que, no final de cada dia, a força do compromisso é que faz a diferença. Quem trabalha comigo sabe disso.

 

PERGUNTA-RESPOSTA

1. O QUE QUERIA SER QUANDO TINHA 10 ANOS?

Piloto de aviões. O meu pai é piloto e tenho uma paixão por aviões. Segui Gestão porque sempre gostei de gerir pessoas e o mundo dos supermercados sempre me fascinou.

2. O QUE NÃO DEIXARIA DE LEVAR PARA UMA ILHA DESERTA?

O meu telefone, para poder falar todos os dias com a minha família. É fundamental para o meu equilíbrio.

3. PESSOA IDEAL PARA LEVAR A JANTAR?

Sem dúvida a minha avó, a minha melhor amiga, com quem falo sobre tudo e rio até não poder mais.

4. UM DIA AINDA HEI-DE…

… pilotar um avião. O meu pai também só decidiu ser piloto aos 40 anos de idade, por isso ainda estou a tempo!