Catorze anos após a saída de Júlio Ribeiro do Recheio de Torres Vedras ainda há Clientes que o cumprimentam e Colegas que se lembram dele. Não é de admirar. Sempre gostou de estabelecer relações próximas e empáticas, o que lhe trouxe reconhecimento e amizades que ainda hoje se mantêm. “É a minha maneira de ser e simpatizam comigo, se calhar por ser pequenino”, enfatiza em tom de brincadeira.
REFORMA ANTECIPADA
A residir no concelho do Cadaval, Júlio Ribeiro dedicou toda a sua vida profissional ao sector da distribuição. Chegou a ser proprietário de um supermercado, que vendeu para ir trabalhar para a Riberalves, a empresa que, em 1985, abria o cash & carry torriense, que em Janeiro de 1990 mudaria para as mãos do Grupo Jerónimo Martins. Na altura, geria a Loja e os Colaboradores, funções que manteve mesmo depois da alteração da insígnia. “Nunca manifestei interesse em mudar, até porque o ambiente era familiar e sempre me senti bem.” Um problema de saúde acabou por precipitar a sua saída, em Abril de 2004. Tinha 60 anos. “Custou-me um bocadinho, o Recheio era como uma família para mim, no entanto ficou sempre uma grande amizade”, revela com emoção no olhar.
O Recheio fo i uma segunda família, da qual tem excelentes memórias
NOVAS ROTINAS
As rotinas movimentadas de quem trabalha na distribuição foram então substituídas por outras mais tranquilas, que lhe trouxeram (e trazem) igualmente grande satisfação: ajudar a tomar conta dos netos (agora já mais crescidos) e cuidar da sua pequena horta e dos seus animais. “Quando se vive na província e se tem um quintal, há sempre o que fazer; é ali que me entretenho, de volta das minhas sementeiras, dos meus coelhos e das minhas galinhas”, conta. Além disso, dá uns passeios pelas belas paisagens das redondezas com a família e faz voluntariado numa associação mutualista: “Estou sempre ocupado!” De vez em quando, vai à Loja, para matar saudades e reviver os bons tempos que ali passou.
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