Desde 1990, quando, com 18 anos, ingressou no Grupo Jerónimo Martins, que Júlio Tímula corre por gosto. Primeiro, por todas as Lojas do país para fazer os inventários e a conferência dos cofres. Uma “aventura” que vivia de comboio ou de autocarro pelas então 30 Lojas do Pingo Doce (hoje são mais de 400). Já nessa data respondia com boa disposição e profissionalismo aos olhares de descrença sobre o seu ar de miúdo, conquistando o respeito dos mais experientes. Mais tarde, como atleta amador, foi descobrindo na corrida um hobby que se tornou um “vício”. “De há uns anos para cá, cada vez corro com mais gosto. Já fiz muitas meias-maratonas e uma maratona.” O filho Guilherme, de 13 anos, está sempre pronto para acompanhar o pai. Gonçalo, de 18 anos, tem uma personalidade mais recatada e outros passatempos. “São o oposto. Costumo dizer que se tivesse feito uma fusão dos dois teria uma vida muito mais perfeita”, conta, divertido. As viagens são o programa perfeito para unir todos os Tímula e as praias das Caraíbas são o destino favorito. Ninguém parte para férias sem os óculos de mergulho e as barbatanas.

Nos dois anos que passou como Director de Loja, Júlio Tímula foi desenvolvendo apetência pelo mundo dos vinhos. Já frequentou um curso na área e começou a fazer uma garrafeira. A par do Benfica, a enologia é outra das suas paixões. “Um dia, quando me reformar, gostava de poder produzir o meu próprio vinho.”

PERGUNTA-RESPOSTA

LOJA OU LOGÍSTICA?

Gosto muito da adrenalina das Lojas e é aí que me sinto como peixe na água. Na Logística tenho o que mais gosto de fazer, que é andar no terreno e contactar com as pessoas, mas a Loja está sempre no meu coração.

GRAVATA OU MANGAS ARREGAÇADAS?

Mangas arregaçadas. As operações são menos formais e gosto de me movimentar por todo o lado.

RECATADO OU EXTROVERTIDO?

Sou muito mais vezes extrovertido. Gosto de falar e de cumprimentar todas as pessoas.

CORRIDA OU ENOLOGIA?

Gosto muito de ambas, mas julgo que será a corrida. Nunca pensei que um dia iria correr e agora faço-o duas a três vezes por semana. É um momento de paz interior em que preparo o dia mentalmente e vou trabalhar com outra energia.

 

PINGUE-PONGUE

1.

O que queria ser quando tinha 10 anos?

Médico. Tinha em casa um livro sobre saúde e adorava fazer o diagnóstico dos sintomas a todos lá de casa. Passei, inclusive, a fase de dissecar rãs e aranhas em álcool. As médias altíssimas para ingressar no curso fizeram-me desistir desse sonho.

 

2.

O que não deixaria de levar para uma ilha deserta?

Os óculos de mergulho e umas barbatanas para fazer snorkeling. Vão sempre connosco nas viagens de família.

 

3.

Pessoa ideal para levar a jantar?

Com todos os seus defeitos e qualidades, a minha mulher é a pessoa ideal para levar a jantar.

 

4.

Um dia ainda hei-de…

… ter a minha quinta e produzir o meu vinho.