Edição 114
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J. Rodrigues Pereira
Médico do Trabalho
Cabe aos pais o papel da (re)organização de rotinas e transmissão de noções para a prevenção de doenças dos filhos
Uma brisa fresca já paira no ar… A temperatura ambiente está a baixar, anunciando a chegada de mais uma estação que não tarda – o Outono! As prateleiras carregadas de material escolar nos supermercados e os folhetos com descontos em manuais didácticos nas caixas de correio indicam um outro recomeço: o regresso às aulas! Neste ciclo que se inicia ou reinicia, cabe aos pais um papel fundamental na (re)organização de rotinas e na transmissão de noções para a prevenção de doenças mais frequentes durante as aulas, como infecções respiratórias (constipações, gripes e viroses), afecções como a gastroenterite e o contágio da pediculose (piolhos).
A CONSTIPAÇÃO
Em relação às patologias respiratórias, a constipação é a infecção mais frequente e inocente. Provoca sintomas como o nariz entupido, com secreções, e por vezes febres baixas. Factores como o tempo frio e húmido das estações que se aproximam (Outono e Inverno) e o contacto com os vários colegas da escola propiciam a sua prevalência. Uma das medidas de prevenção é sensibilizar a criança para evitar ficar suada com as brincadeiras nos intervalos.
A GASTROENTERITE
A gastroenterite manifesta-se por sintomas como a diarreia e/ou vómitos e, por vezes, febre. Estes factores podem conduzir a um quadro de desidratação, visível, por exemplo, pelos olhos encovados e a prega cutânea. Entre alguns cuidados de prevenção, é importante incutir responsabilidade às crianças para a lavagem das mãos depois da utilização da casa de banho e colocar-lhes na mochila alimentos frescos para o lanche.
A PEDICULOSE
A pediculose do couro cabeludo é a patologia mais prevalente desta espécie e uma comichão intensa na zona da nuca e atrás das orelhas é o seu sintoma principal. Ocorre por contacto directo, pela utilização de objectos como pentes, chapéus e toalhas. A presença das crianças nas salas de aulas e outros locais fechados favorece o contágio por piolhos. Para evitar contágios, deve pentear frequentemente o seu filho com um pente destinado especificamente à prevenção da patologia. Caso a criança manifeste o problema, recorra à desparasitação por tratamento farmacológico, que deve ser levado até ao fim para a completa erradicação do parasita.
