Cinco anos após a sua saída do Grupo Jerónimo Martins, Maria de Lurdes Guerreiro regressa ao Espaço Mais, pelo qual foi responsável durante quase uma década. “Está mais bonito, funcional e até as fardas são diferentes”, diz, enquanto abre o seu baú de memórias de 27 anos (bem) passados na Companhia, uma história que começou a escrever-se em 1987.
“Foram muito bons os tempos que aqui passei. O Pingo Doce deu-me tudo, só tenho a dizer bem.”
TEMPO DE MUDANÇA
Lurdes trabalhava, então, no Pão de Açúcar, uma cadeia de supermercados que nessa altura foi adquirida pelo Grupo e que absorveu não apenas várias Lojas como os respectivos Colaboradores. Com a transferência, candidata-se a telefonista, a única vaga que havia nas instalações de Camarate, onde se localizava o Departamento de Compras de Perecíveis. Abraçou esta função durante nove meses, a que se seguiu uma nova oportunidade como Assistente de Compras. “Aproveitei e mudei, fui para a área de Peixaria.” Ao fim de três anos, deixa Camarate e, sempre como Assistente de Compras, passa por Loures e a seguir por Lisboa (na sede, no Campo Grande). É aqui, recorda Lurdes Guerreiro com orgulho, que esteve na génese da criação da área de Take-Away nas Lojas. “Fui, nessa época, convidada a fazer parte da equipa de Filipe Matos Chaves, o Responsável de Take-Away.” Fica como Assistente de Compras nessa área, passando três anos, de 2001 a 2004, no Centro de Distribuição da Azambuja, no Supply Chain, e onde foi feita a centralização do Take-Away com a Charcutaria. Regressa ao Campo Grande ainda em 2004 para dar continuidade ao seu trabalho, mas um novo desafio a aguardava dois anos depois.
PROJECTO DESAFIANTE
No início de 2006, eis que surge a oportunidade de sair das Compras, que fizeram parte de quase duas décadas do seu percurso no Grupo, para dar início a um projecto completamente novo: a abertura do Espaço Mais, o refeitório do edifício-sede. “Era, de facto, algo novo para mim. Mas eu gosto de desafios e aceitei.” Formou uma equipa, que ainda hoje existe e que considera “ser uma equipa fantástica”, organizou e dinamizou o espaço. Foram os seus últimos oito anos na Companhia. O nascimento da segunda neta fê-la repensar a sua vida. “Queria muito ajudar a criar a minha neta, por isso achei que já estava na altura de sair”, diz com ar decidido, o mesmo que a terá levado a concretizar uma reforma (ainda) antecipada. Corria o ano de 2014 e tinha 60 anos de idade.
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