NA LINHA DA FRENTE

Em plena pandemia, a Responsabilidade Social Interna do Grupo não teve mãos a medir. Tudo em prol do bem-estar e qualidade de vida das suas pessoas e respectivas famílias

A Covid-19 virou o mundo ao contrário, Portugal incluído, e, consequentemente, as vidas de todos.
E porque no Grupo Jerónimo Martins o que conta são as pessoas, a equipa de Responsabilidade Social Interna (RSI) tem vindo a acompanhar a situação desde o início e a tomar as medidas necessárias para fazer face a este novo contexto de pandemia, em prol do bem-estar e segurança dos seus Colaboradores e respectivas famílias. Um dos maiores desafios foi proporcionar às pessoas, num curto espaço de tempo, as melhores respostas e soluções, adaptando-as à nova realidade e às suas necessidades, quer ajustando iniciativas existentes quer lançando novos programas.

 

FILIPA BASTOS

Head of Internal Social Responsibility

A Responsabilidade Social Interna do Grupo Jerónimo Martins em Portugal tem como missão fomentar a melhoria da qualidade de vida dos seus Colaboradores e respectivas famílias. As acções e programas que promove visam potenciar o bem-estar e motivação de todos e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento sustentado do Grupo.

O Fundo de Emergência Social (FES) é uma das medidas que o Grupo disponibiliza às suas pessoas. O seu objectivo é apoiar os Colaboradores efectivos que se encontram em comprovada carência económica, em risco ou vulnerabilidade social.

Nos últimos meses, e com a Covid-19 a mudar por completo as nossas vidas, o FES apoiou um total de 820 Colaboradores, representando 160 agregados familiares, tendo havido cerca de 50 novas famílias que se viram obrigadas a pedir apoio ao abrigo do FES em consequência da pandemia. Tendo em conta o actual contexto, e para dar uma resposta imediata aos nossos Colaboradores em termos de estabilidade e segurança, para que pudessem gerir melhor a sua vida pessoal, familiar e profissional, foram lançadas novas iniciativas, com foco, sobretudo, no âmbito da saúde e educação.

Os tempos mudaram, mas a nossa missão é a mesma: “Continuar a fazer a diferença na vida das nossas pessoas!”

A Campanha de Aquisição de Computadores e Tablets apoiou mais de 900 Colaboradores

PRINCIPAIS MEDIDAS DE APOIO

Entre as várias iniciativas da RSI que surgiram nos últimos meses, destacam-se as Sessões Gratuitas de Apoio Psicológico, que ainda se mantêm para prestar este serviço aos Colaboradores, com vista ao seu equilíbrio e bem-estar. A inscrição realiza-se através do Serviço de Atendimento ao Colaborador (SAC).
No campo da educação, foi lançada a Campanha de Aquisição de Computadores e Tablets para apoiar os agregados familiares com filhos entre os 6 e os 18 anos que, por restrições financeiras ou por indisponibilidade no mercado, não tinham como adquirir o equipamento necessário para assistir às aulas online. O objectivo foi garantir que os filhos dos Colaboradores não ficavam prejudicados por não terem equipamentos informáticos e assim poderem acompanhar as aulas e realizar os trabalhos necessários. A iniciativa revelou-se um sucesso tendo sido recebidas 1627 inscrições (740 só no primeiro dia), que resultaram em 914 Colaboradores seleccionados para aquisição de equipamento por um valor simbólico, suportando a Companhia cerca de 80% do valor total de cada equipamento. Outro programa a decorrer também no âmbito da educação foi o Espaço de Estudo Online, ou seja, o acompanhamento escolar à distância dos filhos dos Colaboradores com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos.

As Sessões de Apoio Psicológico foram das primeiras iniciativas lançadas para apoiar os Colaboradores a ultrapassar as suas dúvidas e a gerir ansiedades

Liliana Melo é Operadora de Frente de Loja no Pingo Doce da Tapada das Mercês e tem 10 filhos, sete deles em idade escolar. A gestão do ensino à distância que o novo coronavírus obrigou as escolas a adoptar não estava a ser pacífica por falta dos equipamentos necessários. Quando soube que tinha sido seleccionada para obter um portátil ao abrigo da Campanha de Aquisição de Computadores e Tablets promovida pela RSI, não podia ter ficado mais feliz e agradecida: “Este computador é muito importante para mim e para as minhas crianças, pois vai ao encontro das suas necessidades, facilitando imenso a minha vida e a delas. Estes programas da Companhia são uma solução maravilhosa, fazem toda a diferença na vida de uma pessoa.” Também para o Gerente de Loja Tiago Lopes este tipo de iniciativas da área da Responsabilidade Social Interna constitui uma mais-valia que os Colaboradores valorizam bastante: “Isto tem um grande impacto na qualidade de vida das nossas pessoas e das suas famílias.”

Liliana Melo


 

O QUE ESTÁ PREVISTO

A equipa RSI, em conjunto com as Direcções de Recursos Humanos das várias Companhias do Grupo, está a trabalhar em respostas que permitam continuar a apoiar os Colaboradores, no sentido de mitigar a situação pandémica que se vive.

De acordo com Filipa Bastos, Head of Internal Social Responsibility, “continuam a manter-se vários apoios, como os do Fundo de Emergência Social, e vão surgir outros novos”. Além disso, desde o início da pandemia que a equipa esteve a trabalhar com os parceiros, de forma a dar continuidade aos serviços prestados, em particular na área da saúde, passando as consultas presenciais para online.

No entanto, e nesta fase de “desconfinamento”, “os prestadores estão a reactivar as consultas presenciais gradualmente, assegurando sempre as regras de segurança exigidas pela Direcção-Geral da Saúde. Por outro lado, importa garantir que temos como aliados os prestadores certos, para uma resposta mais eficiente e segura”, remata a responsável.

No dia em que a pandemia “rebentou”, Andreia de Brito Carlos, Supervisora do Serviço de Atendimento ao Colaborador, depressa percebeu que teria de tomar uma atitude para garantir o apoio à sua equipa, o acompanhamento aos restantes Colegas do Grupo e a segurança e saúde da sua família. A trabalhar todos os dias, tendo de se deslocar de Torres Vedras para Lisboa e por isso exposta ao risco, Andreia, que é mãe de uma bebé com um ano e meio, não quis colocar o marido, a filha e também os sogros numa posição de possível contágio. “O meu marido e a minha filha foram viver com os meus sogros e eu fiquei sozinha em casa. Não foi uma decisão fácil, mas era o mais racional; não podemos deixar-nos dominar apenas pelas emoções. Naquele momento era o melhor para a minha equipa e para a minha família”, confessa. Entretanto, contacta com a família por videochamada diariamente, ao almoço e à noite, fazendo questão de entoar uma canção de embalar à pequena Aurora, que já se adaptou à nova logística na companhia do pai, em teletrabalho, e dos avós. Passados três meses, não vê a hora de poder abraçar os seus, num regresso muito desejado à normalidade.

Andreia Carlos