O PÃO NOSSO DE CADA DIA QUE VEM DA FÁBRICA DE MASSAS FRESCAS

Há uma década, saíam das linhas de produção da Fábrica da Azambuja as primeiras massas que viriam a abastecer de pão e, no Natal, de bolo-rei cerca de um quarto das Lojas Pingo Doce do país. O projecto está a celebrar o seu 10.º aniversário.

São cerca de 60 os Colaboradores que garantem o fabrico do pão que todos os dias chega a 102 Lojas Pingo Doce

Às 6 horas da manhã arranca o primeiro turno de trabalho na Fábrica de Massas Frescas do Pingo Doce. Diariamente, a esta hora, as máquinas começam a laborar, os tapetes a rolar e as primeiras massas de padaria a sair para irem abastecer 40 Lojas da Companhia, todas da Zona Centro do país, que fazem os seus pedidos no dia anterior. Ininterruptamente, às 15 horas, entra o segundo turno, que até à meia-noite abastece as restantes 62, já de madrugada. Entre a meia-noite e a 6 da manhã as máquinas descansam, para limpeza e manutenção. É assim todos os dias, sete dias por semana, à excepção da época natalícia, em que o acréscimo das vendas de pão e, sobretudo, de bolo-rei obriga a mais horas de laboração. Em média, da Azambuja, onde a fábrica está localizada, saem mensalmente 600 toneladas de massa fresca, dentro das 20 referências de pão que ali são produzidas, com destaque para o “Pão da Avó”, que representa 25% da produção desta unidade fabril do Grupo Jerónimo Martins, cuja história começou há precisamente uma década.

PENSADA DE RAIZ

A ideia de construir uma fábrica com as características da da Massa Fresca já germinava desde 2008. Em final de Maio, recorda Dora Rodrigues, a Responsável da Fábrica, é então criada uma equipa de projecto, que, em apenas um ano, desenvolveu e construiu de raiz, nos terrenos do Centro de Distribuição da Azambuja, a Fábrica de Massas Frescas. Pouco mais de um ano depois, em Junho de 2009, começou a produzir as primeiras massas, que iriam abastecer as Lojas Pingo Doce da Zona Centro do país, actualmente 102, entre Coimbra e Évora. Entretanto, às restantes o pão chega ou por produção na própria Loja ou através de fornecedores externos. “Foi um projecto com muitos desafios, desde a escolha das máquinas, muitas delas específicas, dos equipamentos, à definição de todo o layout da fábrica e ao treino das pessoas, porque desde a maquinaria aos processos era tudo novo para toda a gente. Além de desafiante, foi uma experiência muito enriquecedora”, revela.

NATAL MAIS DOCE

 

Mas não é só massa de pão que se fabrica na Fábrica de Massas Frescas. Aqui também se fazem massas doces, desde que de inspiração de padaria. É o caso da tarte de coco ou da trança de chocolate, confeccionadas com uma base de massa de brioche, e, nesta época festiva, a coroa de frutos secos e o famoso bolo-rei, cuja produção “em força” começa a 1 de Outubro. Por este motivo, aos cerca de 60 Colaboradores que garantem a operacionalidade da fábrica ao longo do ano é necessário adicionar mais mão-de-obra, sobretudo no mês de Dezembro. É que à produção mensal de 600 toneladas de massa de pão acrescem 160 a 175 toneladas de massa de bolo-rei e coroa de frutos secos, além de a decoração do bolo ser toda feita à mão. Apesar do trabalho, que chega a duplicar (só num dia produzem-se 20 toneladas de bolo-rei e coroa de frutos secos), esta altura do ano, acrescenta Dora Rodrigues, “é a mais gira, com muitos desafios, as equipas estão muito focadas na produção do bolo-rei e nesta época trabalha- -se 24 horas por dia. Tem de haver uma grande organização”. Quanto às receitas, estas são normalmente desenvolvidas em conjunto com os formadores especialistas de Padaria e podem ter várias proveniências: desde uma ideia de alguém ao fazer face a uma necessidade ou oriunda de um fornecedor que apresente uma matéria-prima nova. Contudo, seja qual for a receita, é sempre testada nos laboratórios da Fábrica e só depois produzida e levada às várias tipologias de Lojas, quer às de fabrico próprio, quer aos fornecedores externos, para que a ponham em prática. O sabor e a qualidade dos produtos de padaria têm de ser idênticos quer o Cliente compre num Pingo Doce a Norte, no Centro ou a Sul do país. Feito o balanço desta primeira década, é tempo de pensar no futuro da Fábrica, que passa por continuar a produzir e a reinventar-se. “Em 10 anos, este mundo da padaria evoluiu bastante, há muita coisa nova, nomeadamente ao nível da automatização, pelo que é ir reajustando os processos de modo a torná-los mais eficientes e continuar a fazer cada vez melhor”, remata a Responsável.

ANTÓNIO PIRES

Supervisor de Produção

“Já era padeiro na Companhia e foi com muito gosto que abracei o projecto da Fábrica de Massas Frescas desde o seu início, já lá vão 10 anos. Termos construído tudo de raiz, num sítio novo, ao qual demos tanto, faz-nos viver este projecto de uma maneira diferente, com mais intensidade. É muito bom trabalhar aqui.”

ISABEL PINTO

Supervisora de Produção

“Já tinha oito anos de Logística quando me apresentaram este projecto completamente inovador. Vivemos isto com paixão, porque somos uma família. Temos este conceito de ensinar, aprender e lutar em conjunto, o que é bonito. Daqui sai o melhor pão do mundo, porque temos amor e carinho por aquilo que fazemos. O nosso sorriso está na Loja, é o sorriso do Cliente.”

ANA RITA MADEIRA

Coordenadora da Padaria e Pastelaria do Pingo Doce

“Esta fábrica e toda a equipa têm uma grande importância para o Pingo Doce. É um projecto muito acarinhado, onde se faz massa fresca de elevada qualidade. Garantimos, assim, que chega às Lojas um pão de excelência, fresco e mais crocante, o que nos diferencia no mercado.”