Uns com mangueiras, outros em alerta máximo para actuar caso necessário, foi assim que os nossos heróis de oito Lojas Pingo Doce viveram o drama dos incêndios de Outubro, que grassavam, alguns, a poucos metros de distância. O susto e a preocupação foram grandes, bem como o desespero, sobretudo para os que viram os seus familiares em perigo e os haveres destruídos. Todos se mobilizaram para se ajudarem uns aos outros. No dia seguinte, as Lojas abriram, a maioria com limitações ao nível de Colaboradores e sem comunicações, mas com o objectivo primeiro de disponibilizar mantimentos às populações. No rescaldo desta batalha, recolhemos o testemunho dos Gerentes das Lojas e fazemos a todas as equipas esta homenagem-surpresa.
“Não há memória de incêndios com estas dimensões, nem há meios humanos para pôr cobro a tanto fogo”, garante o Gerente, Pedro Lopes. Alguns Colaboradores perderam bens materiais, incluindo zonas agrícolas.
Colaboradores e vizinhos pegaram em mangueiras para apagar o fogo que estava a dois metros da Loja, nas traseiras. “Estamos a recuperar as nossas vidas”, diz agora a Gerente, Sónia Correia.
A Gerente, Raquel Martins, lembra que foi “um grande susto”. O fogo andou nas traseiras da Loja e os Colaboradores que estavam no fecho pegaram em mangueiras para evitar que a Loja ficasse em perigo.
“A Loja não ardeu por milagre”, recorda a Gerente, Cristina Bastos. “Às 3 horas da manhã ligou o Adjunto, que também é bombeiro, a dizer que tinha andado a apagar o fogo à volta da Loja. São momentos que custam muito a esquecer.”
O fogo esteve a 50 metros de distância da Loja. O Gerente, Manuel Silva, e outros Colaboradores passaram grande parte da noite a apagar fagulhas, a regar paletes e o parque. “Foi uma batalha dolorosa!
O incêndio esteve muito perto. Os alarmes da Loja dispararam e havia muito fumo. O fogo não chegou a afectar a Loja, mas cerca de 70% da vegetação à volta desapareceu. “Nunca pensei que tal coisa nos acontecesse, foi impressionante”, destaca, emocionado, o Gerente, José Franco.
Alguns Colaboradores foram dispensados para salvaguardar os seus bens e prestar ajuda a familiares. Sara Veiga, a Gerente, recorda a ajuda a Clientes e bombeiros com água e barras de cereais.
Situada em meio urbano, a Loja não foi afectada, mas alguns Colaboradores tiveram os seus bens em risco. “As pessoas ajudaram-se umas às outras. Nunca imaginei viver uma situação destas”, recorda a Gerente, Cristina Bastos.
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