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A celebrar 40 anos na “família” Jerónimo Martins
Foi há quatro décadas que chegaram ao Grupo Jerónimo Martins e por aqui permaneceram Com percursos distintos, acabam por cruzar sentimentos: aqui deram o seu melhor e, aqui, viveram em família.


“Aqui, senti-me sempre em família”
Após uma breve experiência como empregado de balcão na área da relojoaria, foi em boa hora que, aos 21 anos, João Fonseca ingressou no Grupo Jerónimo Martins, graças à ajuda providencial da sua tia, que trabalhava na Secção de Embalagens da Companhia.
Tendo entrado para a Logística, de onde não mais saiu, esteve dois anos a laborar a tempo parcial, antes de dar início ao percurso de 40 anos que agora celebra.
De armazém em armazém, “fiz de tudo, de Servente e Caixeiro, até Chefe de Armazém”, recorda João Fonseca. Directamente envolvido na abertura dos primeiros Pingo Doce, garantindo “que não faltava nada nas Lojas”, João passou dos Armazéns da Rua do Açúcar para os de Povos, em Vila Franca de Xira. Dois anos volvidos, seguiu para o Armazém de Frescos, Laticínios e Charcutaria, em Camarate e daí para o Armazém da Fruta, em Fetais, onde se estreou como Chefe de Armazém. Ainda regressou ao Armazém de Fetais, no qual permaneceu 15 anos, até transitar para o Centro de Distribuição da Azambuja. De há cerca de dois anos a esta parte, João Fonseca passou a liderar o Hub de Lisboa do Centro de Distribuição da Azambuja, localizado junto ao Pingo Doce da Bela Vista.

Em todos os momentos desta longa carreira, o seu “maior orgulho” foi “formar equipas, ensinar tudo o que sabia a outras pessoas e ajudá-las a crescer dentro da Companhia”, sublinha. Aos 63 anos, a reforma acabou de chegar em Abril deste ano, João Fonseca considera que vai “sofrer um bocadinho”, ou não estivesse a despedir-se do Grupo onde cresceu e que sentiu sempre “como uma família”.
Na hora do adeus, João Fonseca faz questão de deixar uma mensagem aos colegas mais novos: “Tenham paciência e dediquem-se a esta Companhia, que é muito estável e sabe reconhecer e dar oportunidades as seus trabalhadores.”
“Tive o melhor trabalho que podia ter”
Com 18 anos, Margarida Torres saiu da escola e entrou no Pingo Doce. Primeiro na Praça da República e depois na Boavista, no Porto. “Foi o meu primeiro e único emprego. E agora, aos 58 anos, sei que tive o melhor trabalho que podia ter”, afirma a Chefe de Caixa.
Natural de Vila Nova de Gaia, com dois filhos e dois netos, Margarida não esconde o orgulho que sente pelo Pingo Doce da Boavista. “O Sr. Alexandre Soares dos Santos vinha muitas vezes a esta Loja, cumprimentava toda a gente e conhecia-nos a todos pelo nome. Era uma pessoa extraordinária”, recorda. Pela Boavista, por ser uma Loja importante na área do grande Porto, “passaram quase todos os Gerentes do Pingo Doce de todo o país”. Em 40 anos de trabalho, são muitas a histórias para contar. “Nos anos 90, dormimos uma noite na Loja. Estivemos a implementar o SAP durante várias horas e depois já não dava tempo de ir a casa e voltar para abrir a Loja no horário normal e decidimos ficar por aqui”, frisa a Colaboradora que é estimada por Colegas e Clientes.

“Como Chefe de Caixa, conheci os pais, os filhos e agora conheço os netos. É muito agradável acompanhar as gerações e sentir que continuamos a ser o espaço preferido para fazer compras”, diz Margarida Torres, que sente que o sucesso da Loja é também o seu sucesso: “Sempre dei o melhor de mim à Companhia, mas também fui sempre muito bem tratada pela administração e pelos colegas”.
Profissional e pessoalmente, Margarida “cresceu” no Pingo Doce. “Aprendi tudo, desde trabalhar com os computadores até às relações humanas, foi no meu trabalho que aprendi tudo.”
“O Pingo Doce faz parte da minha vida”
António Gonçalves tinha acabado de fazer a tropa quando entrou para o Pingo Doce, em Junho de 1981, estava a Companhia a dar os primeiros passos no retalho nacional. O Pingo Doce de Pinto Bessa, no Porto, foi a sua primeira casa. Uma Loja pequena, como quase todas, à época.
Entrou, por isso, a fazer de tudo um pouco, da caixa à reposição ou a atender Clientes e fornecedores. Nos anos seguintes, percorreu várias Lojas, todas na região portuense, ajudando onde era preciso. Entretanto, o Pingo Doce cresceu, as Lojas pequenas foram fechando para dar lugar a outras mais espaçosas. António Gonçalves fez o seu percurso sempre na reposiçao: “Acabei por ficar na reposição dos Não-Perecíveis, onde ainda me mantenho passados estes anos”. No entanto, não está arrependido. Sempre sorridente e bemdisposto, o seu segredo está em “ir para o trabalho com alegria”. Além disso, gosta do que faz e tem um orgulho imenso na Companhia onde se sente feliz e da qual tem muitas recordações também pessoais. “Foi aqui que conheci a minha mulher quando ainda estava na minha primeira Loja e ela na Invictos, insígnia que viria a ser adquirida pelo Grupo Jerónimo Martins”, conta. Ao casal de Colaboradores juntou-se, anos depois, a filha de ambos, que quis seguir as pisadas dos pais. “O Pingo Doce faz inevitavelmente parte da minha vida”, acrescenta o Operador de Não Perecíveis do Pingo Doce Mariani, onde se encontra desde há poucos meses depois de ter estado 15 anos no Canidelo. Por trabalharem os três na mesma Companhia, apesar de em Lojas diferentes, as conversas em casa têm muitas vezes um tema comum, pelo que chegam a evitar falar de trabalho.

Entretanto, passaram quatro décadas de dedicação à Companhia que um dia, quando se reformar, vão deixar saudades. “Vejo muitos colegas que vão saindo e sei que vai chegar a minha vez. Vou sentir a falta, até porque fiz muitas amizades que vou mantendo com alguns convívios sempre que possível”, afirma. Aos mais novos, deixa uma mensagem: “Sigam as regras, olhem para a frente e aproveitem as oportunidades que a Companhia dá, temos muitas ajudas, e, o que fazemos, temos de fazer bem”, remata.
“Vesti sempre a camisola da Companhia”
Era ainda adolescente quando Artur Silva, com os estudos a ficarem para trás, foi incentivado pela família a entrar no mundo do trabalho. O pai era polícia e a mãe Colaboradora do Grupo Jerónimo Martins. Entre os dois exemplos que tinha em casa, optou por tentar a sua sorte no então emergente Pingo Doce. Foi a uma entrevista, em Junho de 1981, e acabou seleccionado para trabalhar numa pequena Loja no Porto, na Rua das Mercês, a “fazer tudo o que era preciso”, pois não havia secções definidas. Tinha 17 anos e, desde aí, nunca mais parou. Durante uma década passou por várias Lojas da Cidade Invicta e arredores, onde chegou a Adjunto e, em 1991, foi para Viseu já como Gerente. Seguiu-se Oliveira de Azeméis (Rainha), São João da Madeira, Aveiro, Ílhavo, Estarreja e Vale de Cambra, encontrando-se desde há cinco anos em Arouca, por ser a terra da mulher com quem partilha a sua vida. Uma história de amor que nasceu no Pingo Doce e que continua a unir o casal.

Ter passado por tantas Lojas, diz Artur Silva, foi um desafio positivo: “Dá-nos mais perspectivas, conseguimos ver as coisas de maneiras diferentes, até para não nos acomodarmos, e eu sou uma pessoa que tem necessidade de desafios”. Os maiores, sublinha, são atender bem o Cliente, que ao longo destes anos se foi tornando cada vez mais exigente.
“É um trabalho que absorve muita da nossa energia, gosto de formar e de ensinar, como eu fui ensinado, e é uma forma de darmos garantia de futuro à Companhia para continuar a evoluir. Sempre tive pessoas muito importantes acima de mim que foram uma espécie de ídolos, que me levaram a querer ser como elas e que me ensinaram muito. É isso que procuro passar aos mais novos”.
Artur Silva tem orgulho na Companhia que o viu crescer como pessoa e como profissional e que tão bem sabe acolher e tratar as suas pessoas. Por isso, procura dar o seu melhor em tudo o que faz, sentindo-se realizado a todos os níveis. Força de vontade e gosto não lhe faltam. “Quando fazemos o nosso melhor somos recompensados”, finaliza o Gerente que sempre vestiu a camisola do Pingo Doce e para quem o segredo da longevidade na Companhia está em “nos sabermos adaptar à mudança dos tempos e a cada circunstância”.
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