PASSAGEM DE TESTEMUNHO NA MADEIRA

O leme da operação Jerónimo Martins na Região Autónoma da Madeira, a Lidosol, mudou de mãos em Abril passado. Lukasz Pajak passou o testemunho da liderança a Joanna Mendel. Fomos conhecer as equipas e como tudo acontece na “Pérola do Atlântico”

Foi há quase 25 anos que o Grupo Jerónimo Martins chegou à bela, romântica e hospitaleira ilha da Madeira. A incursão deu frutos: primeiro nasceu o Recheio, em 1994, através da aquisição de um conjunto de empresas ligadas ao comércio grossista; no ano seguinte surge a insígnia Pingo Doce, com a compra da empresa de retalho Lidosol. Desde aí, a presença consolidou-se, chegando aos números de hoje: 13 Lojas Pingo Doce, um Recheio e um Centro de Distribuição Logística.

EQUIPAS SÃO A CHAVE

Nada disto teria sido possível sem os cerca de 900 Colaboradores que ali trabalham e que todos os dias “vestem a camisola” com orgulho e dedicação. No comando está agora uma “nova” líder que aterrou em Fevereiro passado na ilha, vinda directamente da Biedronka, determinada a fazer o seu melhor pelos Clientes, pela Companhia, pela sua equipa e pela sociedade~envolvente. Para consegui-lo, sabe muito bem com o que conta:“A Madeira é maravilhosa, a equipa é muito experiente e agradeço muito a disponibilidade que tem para mudar, para melhorar. Sinto que as pessoas estão muito abertas a coisas novas e é visível que gostam de trabalhar para o Grupo Jerónimo Martins. Quando temos esta atitude, podemos fazer tudo juntos”, afirma Joanna Mendel, a actual Directora-Geral, que sucedeu em Abril passado a outro polaco, Lukasz Pajak. Há oito anos em Portugal, Lukasz conduziu o negócio da Lidosol durante mais de dois anos, tendo em Maio rumado ao Algarve para assumir novas funções no Grupo. “Foi um grande desafio, que se transformou numa experiência muito boa. Tive de aprender muito sobre o negócio, sobre a realidade da ilha, os seus constrangimentos, e perceber como conquistar o Cliente madeirense”, refere, já com saudades e fazendo rasgados elogios às pessoas com quem trabalhou: “A equipa é muito madura e constituída por excelentes profissionais. Tinha absoluta confiança nela.” Entretanto já regressado ao continente, o anterior Director-Geral da Lidosol diz que trouxe na bagagem não apenas as recordações, mas também uma grande experiência em Operações, e é nelas que vai estar focado nos próximos tempos, como Director de Operações da Região Sul.

JOANNA MENDEL

Directora-Geral Jerónimo Martins Madeira

“Precisamos de estar unidos enquanto equipa para fazer um bom trabalho, o que é essencial para o sucesso da Companhia e para o nosso.”

 

LUKASZ PAJAK

Director de Operações da Região Sul

“Dirigir o negócio do Grupo Jerónimo Martins na Madeira foi dos melhores períodos da minha vida.”

 

De vido à insularidade, a Logística na Madeira tem de estar muito bem “o leada”, para que nada falte às 13 lojas da rede Lidosol e um Recheio

LOGÍSTICA PARTICULAR

Dois dias de caminho marítimo separam os Centros de Distribuição do continente dos armazéns funchalenses. Se o barco se atrasa, pode comprometer a disponibilidade dos produtos nas Lojas, sobretudo Perecíveis, pelo que “temos de contar com o mau tempo e com outras situações susceptíveis de provocar demoras. Isto faz com que tenha de haver grande controlo dos stocks”, explica Paulo Fernandes, Coordenador Comercial, que também faz a gestão da área dos Frescos. No sortido Não Alimentar, essa pressão não é tão grande, como refere Zita Correia, há quase 25 anos no Grupo e actualmente Chefe de DPH do Recheio, uma vez que consegue ter “um stock razoável de mercadorias”. Mas nos Perecíveis isso não é possível. Além disso, “também compramos junto dos produtores e fornecedores locais, principalmente frutas e legumes. O resto temos de importar”, conclui Paulo Fernandes. É o caso do peixe. No arquipélago, há peixe-espada e atum em abundância, mas muitas outras espécies chegam-nos de barco ou mesmo de avião, “no gelo”, especifica João Gonçalves, Chefe de Peixaria. Este Colaborador entrou no Pingo Doce da Ribeira Brava há nove anos, para ajudar na Loja num reforço de Verão, e ao fim de três meses já estava na Peixaria. Era o seu primeiro emprego. “Tive de aprender e de me esforçar muito, e a verdade é que cresci na Companhia, mas o que mais me tem marcado é o nível de união da nossa equipa. Estamos todos focados e em sintonia”, diz o responsável, convicto de que essa é a grande mais-valia de trabalhar na Lidosol. Opinião idêntica tem Filipa Bastos, Head of Internal Social Responsibility no Grupo Jerónimo Martins, que passou três dos melhores anos da sua vida na Madeira, para onde foi destacada em 2003, era então Gestora de Categoria do Pingo Doce. Desses tempos recorda precisamente a união entre todos, as relações fortes que estabeleceu com os colegas, ao ponto de os considerar a família que lá não tinha. No regresso, trouxe uma mala cheia de memórias, que vão perdurar para sempre. Desde aí vai todos os anos de férias a Porto Santo. É uma forma de matar saudades: “Sempre nos sentimos orgulhosamente madeirenses.” Aliás, “o madeirense mais importante de todos os tempos não é o Cristiano Ronaldo, mas sim o Vasco Madeira Lopes!” (o filho, hoje com 12 anos de idade, que nasceu na Madeira), remata, sorrindo.

 

 

PAULO FERNANDES

Coordenador Comercial

“As nossas pessoas já se conhecem há muitos anos. Sabem do negócio como ninguém, são trabalhadoras, amigas do seu amigo e levam isto a sério.”

 

JORGE GONÇALVES

Supervisor Técnico

“O nosso trabalho é uma azáfama constante, nenhum dia é igual ao outro. Temos de ter capacidade de contornar todas as situações e de nos adaptarmos à mudança.”

 

FILIPA BASTOS

Head of Internal Social Responsibility

“Fui muito feliz naquela ilha maravilhosa, pessoal e profissionalmente! As minhas ligações à Madeira, que nos recebeu tão bem, vão ficar no coração para o resto da vida.”

 

MUDAR É CRESCER

A nova Directora-Geral é a segunda mulher ao leme do negócio e a décima primeira na história da Companhia madeirense. Joanna Mendel abraçou o desafio de liderar a Lidosol em Portugal de coração aberto à mudança, até porque, garante, “mudar é crescer”. O mesmo pensa Jorge Gonçalves, Supervisor Técnico e responsável pela manutenção das Lojas, ao destacar o factor mudança como motor de crescimento pessoal, profissional e empresarial. Há 29 anos na Lidosol (que já detinha supermercados na ilha), 24 dos quais sob a gestão do Grupo Jerónimo Martins, é peremptório: “A vinda do Pingo Doce para a Madeira foi algo de diferente e inovador na época. Houve muitas mudanças, mas foram muito úteis para todos.” Depois, cada Director-Geral que foi passando pela Companhia “trouxe as suas ideias”, acrescenta, “às quais tivemos de nos adaptar. Tem sido muito positivo”.

 

JOÃO GONÇALVES

Responsável da Secção de Peixaria no Pingo Doce da Ribeira Brava

ZITA CORREIA

Chefe de DPH do Recheio

“Juntamo-nos muitas vezes para passeios e jantares, o que é bom para fortalecer a relação da equipa. Gosto muito do que faço e faço-o com ‘amor à camisola’.”