NO GRUPO Jerónimo Martins, a saúde anda sobre rodas. As novas Unidades Móveis de Saúde (UMS) estão a assegurar as consultas de Medicina do Trabalho em cerca de 250 lojas Pingo Doce em todo o país. “Queremos a dar ao colaborador um acesso mais rápido e eficaz a profissionais de saúde, para o controlo e prevenção das doenças do nosso quotidiano laboral, evitando deslocações incómodas para os colaboradores e dores de cabeça para a operação”, explica João Camacho Oliveira, responsável pelos serviços médicos do Grupo.

João Camacho Oliveira é o responsável
pelos serviços médicos do Grupo Jerónimo Martins
Em cerca de três meses, as UMS estiveram em 43 lojas e realizaram 395 exames. A taxa de adesão está acima dos 95%. “Ter uma unidade movel à porta da loja com profissionais habilitados torna tudo mais prático e motiva a participação”, garante o responsável
Os mais de 40 médicos que colaboram com o Grupo apoiam o projeto das UMS que facilita a marcação dos serviços. Nunca tinha feito este tipo de clínica móvel. Está a ser muito bem aceite e a presença dos técnicos de saúde
é uma mais-valia”, sublinha o médico Rodrigues Pereira, que colabora com o Grupo na Região Norte.
IR ALÉM DA MEDICINA DO TRABALHO
As UMS funcionam como um consultório, com duas áreas: uma para consultas com o médico e um gabinete de enfermagem onde são feitos os exames para apoio à decisão médica da aptidão (pesagem, rastreio visual, medição
da pressão arterial, eletrocardiograma e, futuramente, outros exames de diagnóstico).
Também é possível fazer análises rápidas ao colesterol e à glicemia, “que nos permitem despistar alguns casos”, salienta Ana Santa Bárbara, Coordenadora da Medicina do Trabalho da Região Centro e Lisboa. A deslocação da UMS pode também responder a alguns casos de medicina curativa ou articular e encaminhar para o médico de família.

Nestas unidades móveis é possível fazer vários controlos e rastreios, como
a medição da pressão arterial, pesagem, análises ao colesterol e glicemia,
numa iniciativa do Grupo que vai além do obrigatório em Medicina do Trabalho
“Se surgir um colaborador com dores de garganta ou dores de cabeça, observamos e aconselhamos como na clínica geral”, destaca a responsável. “Temos programas de promoção de saúde para os nossos colaboradores, como o Programa de Nutrição, onde através do encaminhamento da Medicina do Trabalho podem ter acesso a seis meses de acompanhamento por uma equipa de nutricionistas. É uma boa ferramenta para o combate ao excesso de peso e o obesidade.
Temos também um programa de saúde mental para ajudar quem está a passar por situações difíceis, um luto, um divórcio ou outras questões emocionais”, acrescenta. “O feedback tem sido muito positivo, até porque o Serviço Nacional de Saúde não consegue dar resposta a estes problemas.”

Segundo Ana Santa Bárbara, Coordenadora da Medicina do Trabalho da Região Centro e Lisboa, a equipa médica tem facilidade e experiência em tratar e articular com os colegas de Medicina Geral e Familiar
UMA EQUIPA “DA CASA”
Daniela Bastos e Diogo Mateus compõem a dupla de técnicos de saúde que conduz a UMS na Região Centro e Lisboa, dando apoio a médicos e colaboradores. Ambos foram recrutados dentro do Grupo. O mesmo sucedeu com Susana Silva,
enfermeira, e Andreia Pinheiro, Técnica de Saúde, da equipa do Norte. “Por norma, trabalhamos com as nossas
pessoas. Na pandemia fizemos um recrutamento interno para apoio no rastreio e testagem. Aí surgiu esta equipa à qual temos vindo a dar formação específica na área da saúde e segurança do trabalho”, sublinha João Camacho Oliveira.

A Unidade Móvel de Saúde da Região Centro e Lisboa, com a médica Ana Santa Bárbara ao centro, e os técnicos de saúde Diogo Mateus e Daniela Bastos

O médico Rodrigues Pereira, com as técnicas de saúde Andreia Pinheiro (à esquerda) e Susana Silva (à direita), no apoio aos colaboradores do Grupo Jerónimo Martins na Região Norte
Daniela tem formação em Psicomotricidade: “Como não arranjava emprego na área, comecei a trabalhar como Operadora de Loja em Alcochete. Depois, concorri a uma vaga no ‘Muda Cá Dentro’ para Técnico de Saúde. Tem sido uma excelente experiência”.
Diogo entrou para o Grupo há cinco anos como trabalhador-estudante na padaria da loja de Alcântara. Terminou o curso de Técnico de Radiologia durante a pandemia e, nessa altura, aproveitou a oportunidade para integrar a equipa de saúde. “Desde que começámos nas UMS, no final de fevereiro, já percorremos cerca de três mil quilómetros na Região Centro e Lisboa”, conta o técnico de saúde.
Para a enfermeira Susana Silva, “a nossa experiência em loja permite-nos também compreender melhor os nossos colegas, conhecer-lhes as ‘dores’ e eles acabam por se sentir mais à vontade connosco”.
Sílvia Sobral
Gerente no Pingo Doce Torres da Luz
“Costumava ir à consulta no Campo Grande. Esta forma é mais acessível para os colaboradores porque era sempre difícil gerir os horários. Medi a tensão e o oxigénio, fiz eletrocardiograma e, depois, fui à consulta.”
Ana Cláudia Mendes
Secretária de Loja no Pingo Doce Torres da Luz
“Os últimos exames que fiz foi no gabinete da loja da Venda Nova, já há algum tempo. Assim é muito mais prático e melhor,
sentimo-nos mais acompanhados.”
Andreia Lopes
Operadora de Padaria Congelada no Pingo Doce Valongo - Susão
“Gostei. É um espaço compacto mas com tudo o que é preciso. E o facto de não termos de nos deslocar às lojas com gabinete médico é uma vantagem.”
Glória Ermelinda
Operadora de Caixa no Pingo Doce Torres da Luz
“Costumava deslocar-me ao consultório, já cheguei a ir ao do Campo Grande e ao da Venda Nova. Aqui é mais rápido. Em poucos minutos, fiz os exames: eletrocardiograma, peso, medição da tensão.”
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