Edição 114
Edição 113
Edição 112
RITA MARTELO
Nutricionista Direcção de Qualidade e Desenvolvimento de Marca Própria
Pode dizer-se que a sopa é um caldo de nutrientes. Está cheia de vitaminas, minerais, fibras e água, um conjunto nutritivo que a nossa saúde agradece. Constitui um meio precioso para atingir as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), que aconselha o consumo de 400 gramas de hortícolas por dia. No entanto, mesmo que se coma sopa ao almoço e ao jantar (quatro conchas por dia), não se devem excluir os legumes que acompanham, preferencialmente em abundância, o prato principal.
DE LIGEIRAS A SUBSTANCIAIS
As sopas que costumamos servir como entrada, à base de vegetais, desempenham um papel muito importante na regulação do apetite. Se as consumirmos sempre no início da refeição, teremos menos fome para o prato principal. Já as enriquecidas com outro tipo de ingredientes, mais substanciais e baseados na dieta mediterrânica, são verdadeiras iguarias culinárias e devem ser elevadas a prato principal. Muitas têm, inclusive, o pão como base, sem esquecer o azeite e as ervas aromáticas, que ajudam a potenciar o sabor, como no caso da açorda à alentejana. Outros exemplos de sopas nutritivas são as de feijão com couve, as de tomate servidas com ovo escalfado, as de beldroegas, que também têm o gosto do queijo de cabra, etc. A proteína animal também faz parte destas riquezas gastronómicas, mesmo que só aromatizadas. Destaque para a sopa da pedra, a sopa de peixe ou de amêijoas, a do cozido e, até, de sangue, ou para a famosa canja, a que, no entanto, para ficar nutricionalmente mais equilibrada, devemos juntar-lhe legumes, como cubos de cenoura ou de curgete. No nosso cardápio existem sopas para todos os gostos, cozinhadas de mil e uma maneiras e combinando uma variedade incrível de alimentos, que só trazem benefícios para a saúde. Temos este legado a manter e há que passar todo este património de geração em geração.
