Tavira é atravessada pelo rio Séqua, que, debaixo da famosa ponte romana, quando já falta pouco para se encontrar com a ria Formosa, muda de nome para Gilão. Este será provavelmente um caso único no mundo de dupla personalidade num único curso de água. A cidade espalha-se pelas suas margens, numa osmose perfeita com a ria, as dunas que a abrigam do mar e as imensas salinas, de onde provém a sua afamada flor-de-sal. Um quadro que se pode apreciar por inteiro desde as muralhas do velho castelo árabe, cujo interior foi transformado num frondoso jardim. Hoje assemelha-se mais a um oásis verde, sobressaindo entre o branco imaculado do casario e os tradicionais telhados em pirâmide da zona antiga.
CIDADE COM HISTÓRIA
Nas ruas da cidade de Tavira misturam-se vestígios de várias épocas. O Castelo de Tavira coabita, lado a lado, com a Igreja Matriz de Santa Maria do Castelo e, a poucos metros, o antigo Convento de Nossa Senhora da Graça, entretanto transformado na charmosa Pousada Convento de Tavira, é, ele mesmo, um resumo da própria história da cidade, como o testemunham as ruínas islâmicas do século VII a. C. descobertas durante as obras de recuperação do convento. A cidade é, aliás, conhecida pela riqueza do seu património religioso, contando com mais de duas dezenas de igrejas e de mosteiros – nem todos, porém, visitáveis.
PRAIAS A PERDER DE VISTA
A imensa ilha de Tavira, com os seus 15 quilómetros de areal, tem espaço para todos: para os que querem estar sós, ou acompanhados, ou em família, para pescadores desportivos, para adeptos do mergulho e para todos os demais banhistas. As praias mais concorridas são as da ilha de Tavira, Cabanas, Terra Estreita e Barril. O acesso a esta última faz-se através de um pequeno e encantador comboio, que atravessa as dunas desde a localidade de Santa Luzia, também conhecida como a “Capital do Polvo” – são vários os restaurantes na marginal onde este pode ser degustado das mais variadas e imaginativas formas. A praia fica situada junto a uma antiga armação de atum. As casas onde os pescadores viviam durante a faina, de Maio a Setembro, mantêm a traça original, mas foram reconvertidas em bares, lojas e restaurantes, que, sobretudo no Verão, lhes devolvem a vida de outrora. Os testemunhos desses velhos tempos estão também presentes numa duna próxima, onde dezenas de enormes âncoras – que serviam para aprisionar o atum junto à costa – desenham uma acidental e improvável instalação artística de fazer inveja ao criador mais vanguardista. Quanto ao resto, é areia branca e mar azul. A perder de vista…
OS NOSSOS GUIAS LOCAIS EM TAVIRA
Neuza Rodrigues
Recepcionista no Recheio de Tavira
“É uma cidade com muito para ver. Destaco, por exemplo, a ponte romana, mesmo no centro da zona histórica, as inúmeras igrejas e, claro, as praias. As minhas preferidas são as da ilha de Tavira, Cabanas e Barril. Em Santa Luzia come-se bem.”
Miguel Pires
Responsável de Secção de Talho no Recheio de Tavira
“O Castelo de Tavira é um dos locais de paragem obrigatória para qualquer visitante, pela vista panorâmica que oferece sobre os arredores. Aconselho também uma visita ao museu arqueológico e ao museu islâmico.”
Liliana Vicente
Operadora de Frente de Loja/Não Perecíveis no Pingo Doce de Tavira
“Gosto da Baixa de Tavira e de toda a zona histórica. É uma cidade rica em termos de património histórico.”
Valter Cartó
Responsável de Secção de Peixaria no Pingo Doce de Tavira - EN
“O centro histórico é dos locais mais emblemáticos da cidade e as praias são as melhores do mundo. Mas Tavira não é só mar, também tem uma zona de serra imensa, onde se faz bom vinho e azeite, enchidos e a tradicional aguardente de medronho.”
Valter Teixeira
Operador de Picking na Plataforma Caterplus de Tavira
“É uma cidade onde se come muito bem e com grande escolha de restaurantes. Uma experiência inesquecível, que aconselho a quem nos visita, é um passeio de barco pela ria Formosa.”
Cláudia Louro
Responsável de Expedição na Plataforma Caterplus de Tavira
“Recomendo uma passagem pela cascata do Pego do Inferno, mais para o interior, um tesouro natural que é conhecido sobretudo pelos locais.”
Edição 114
Edição 113
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