Cliente habitual da secular mercearia Jerónimo Martins & Filho, na Rua Garrett, Vicente Lopes não imaginava que acabaria por se tornar, durante três décadas, na sua segunda família. Em 1979, a convite de um amigo, não resistiu ao desafio de trabalhar como Gerente da emblemática Loja do Chiado. Começava assim um percurso profissional intenso no Grupo Jerónimo Martins, que ainda hoje deixa saudades. “Muitas e de tudo!”, diz, visivelmente emocionado.
Vicente Lopes conhece como poucos as origens da Jerónimo Martins
MUDANÇA ACTIVA
Falador mas também reservado, conta que na altura em que se reformou não foi fácil, sobretudo por se tratar de uma pessoa que sempre foi muito activa. Focou-se, no entanto, na ajuda à filha e aos netos com poucos meses, que tinham nascido prematuros, afinal a razão pela qual decidiu pôr fim mais cedo à sua carreira profissional. Como os netos precisam agora menos do apoio familiar dos avós, Vicente arranjou outras ocupações. Três vezes por semana frequenta a universidade sénior, onde, entre outras matérias, aprende línguas. Às terças e quintas troca os livros e cadernos pela hidroginástica. Pelo meio dedica-se também à leitura, outra das suas paixões, e duas vezes por mês vai “matar saudades” ao Redondo, sua terra natal, na companhia da mulher. Mas, e recuando de novo no tempo, não demorou muito para que este Gerente passasse a Inspector de Loja e depois abraçasse outros desafios, como as primeiras aberturas do Grupo, que, no início dos anos 80, estava em franca expansão. “Nessa altura já era responsável por um conjunto de Lojas e no final de 1982 participei na abertura do primeiro grande supermercado Pingo Doce, na Rebelva, em Carcavelos, que tinha um conceito extraordinário, sobretudo ao nível dos Perecíveis. Parecia um monumento!” Em 1987 foi promovido a Director Regional, primeiro do país todo e mais tarde da região desde a Marinha Grande até ao Algarve. Ainda passou pelo Recheio antes de ir para o Brasil, na década de 90, onde o Grupo chegou a estar presente com uma cadeia de supermercados. Regressou a Portugal passados três anos, em 2001, para desempenhar a mesma função (Director Regional) em Lisboa, tendo-se mantido em funções até ao início de 2009. “Tive pena de sair da empresa. Ainda hoje tenho”, remata. Continua, por isso, a voltar sempre. Como Cliente e amigo.
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